A história do assassino em série Charles Cullen se transformou em um thriller que está fazendo sucesso na Netflix “O Enfermeiro da Noite” (The Good Nurse, no título original em inglês). Cullen aterrorizou os estados de New Jersey e Pensilvânia entre os anos de 1988 a 2003, quando finalmente foi capturado.
O serial killer foi capturado no ano de 2003, após 30 assassinatos confirmados, o próprio Cullen afirmou que na verdade são 40, porém as autoridades suspeitam que na realidade foi algo em torno de 400 assassinatos, com informações do portal Newsweek.
Charles Cullen foi condenado no ano de 2006, ele cumpre 11 penas de prisão perpétua, ele continua preso na Prisão Estadual de New Jersey, Trenton, e está com 62 anos.
Entrevista
Em 2013, Cullen participou do famoso programa jornalístico dos Estados Unidos, 60 Minutes, foi a primeira vez que o serial killer apareceu publicamente desde que foi preso, ele falou sobre os crimes que cometeu. O programa estava lhe investigando em uma sessão da atração chamada Anjo da Morte.
Charlie Cullen iniciou a sequência de assassinatos no ano de 1988, quando começou a trabalhar em New Jersey no Saint Barnabas Medical Center, ele injetava bolsas intravenosas com quantidades fatais de medicamentos como digoxina e insulina, apesar disso, na entrevista, o criminoso confessou que não se enxergava como um serial killer em suas mortes iniciais, porém posteriormente ele “aceitou”.
Ele explicou que trabalhou em uma unidade de queimados, e havia muito sofrimento e dor e ele não conseguiu lidar com aquilo tão bem quanto imaginou que iria lidar, afirmou Cullen ao 60 Minutes. Ele alegou que para ele é difícil retornar no tempo e refletir sobre o que ele estava pensando na época.
Prazer
Quando perguntado se sentiu alguma satisfação ou prazer com os crimes que cometeu, ele afirmou que pensou que as pessoas que ele assassinou não estavam mais sofrendo, então de certa maneira, ele pensou que as estava ajudando.
Ele também contou que seu objetivo ali não era se justificar, que o que ele fez não tem justificativa e que ele pensa que a única coisa que poderia dizer é que se sentiu sobrecarregado na época, disse ele ao lembrar-se das pessoas que matou que não estavam perto da morte.
Amy Loughren
A prisão de Cullen só foi possível por causa da ação das autoridades locais com a preciosa ajuda da enfermeira que trabalhava ao lado de Charles Cullen, Amy Loughren, foi ela que ajudou a descobrir que era o enfermeiro que era o responsável pelas mortes que estavam ocorrendo no hospital.
Recentemente, ela concedeu uma entrevista à Newsweek e afirmou que seu desejo é o de que os telespectadores do filme da Netflix entendam que Cullen não pode ser entendido como sendo um “assassino misericordioso”, como o próprio deu a entender na entrevista em 2013.
Ela acredita que a imagem que ficou era a de que Charles Cullen era um assassino que tinha misericórdia de suas vítimas, mas não havia nada de misericordioso nos crimes que cometeu, afirmou a enfermeira no BFI London Film Festival, onde aconteceu a exibição do novo filme da gigante do streaming no mês de outubro.
