A operação Lava Jato iniciou mais uma fase, hoje (4), a qual foi batizada de Abismo.A ação investiga fraudes em licitações, Corrupção e lavagem de dinheiro no contrato para construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, no Rio de Janeiro.

O esquema teria envolvido o pagamento de R$ 39 milhões em propina. O ex-tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores),Paulo Ferreira, teve o mandado de prisão preventiva decretado, mas ele já estava preso desde o dia 24 de junho, pela operação Custo Brasil, que foi um desdobramento da operação Lava Jato.

Entendendo mais sobre a operação Abismo

Foi feito um total de 7 conduções coercitivas. Além de 5 delações premiadas, que trouxeram muitas informações aos aos investigadores da Polícia Federal. Eles deixaram bem claro, em uma entrevista coletiva que aconteceu em Curitiba, que, na verdade, foram utilizadas informações de outras fases, para se chegar ao esquema que foi descoberto hoje.

A Polícia Federal contou que, entre 2007 e 2012, um total de 5 empresas se uniram paraescolher a obra que elas queriam. Essa obra foi justamente oCentro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras, no Rio de Janeiro.

As 5 empresas envolvidas no esquema, são:

  • OAS;
  • Carioca Engenharia;
  • Construbase;
  • Schahin Engenharia;
  • Construcap.

As empresas não contavam que, no meio do caminho, a WTorre também entraria na concorrência, porém, com um preço menor.

Para tirá-la do caminho, foi pago um montante de 18 milhões de reais.Com isso, somente as 5 empresas ficaram no consórcio.

O valor inicial cobrado pela obra foi de R$ 850 milhões, mas, com os aditivos(alterações contratuais), passou deR$ 1 bilhão.

Saiba quem mais foi preso

As pessoas presas nesta operação foramEdson Coutinho eRoberto Ribeiro Capobianco.

A Polícia Federal foi atrás deErasto Messias da Silva Junior e Genésio Schiavinato, porém, não encontrou nenhum dos dois, por isso eles já são considerados foragidos.

A defesa de Paulo Ferreira, em nota, disse que seu cliente é inocente e que seu nome está sendo usado de forma errônea nessa operação.