Deputado Federal e pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 pelo PSC, Jair Bolsonaro foi citado em uma reportagem sobre neonazismo feita pelo tradicional jornal britânico Financial Times. O assunto repercutiu no Brasil e diversos sites deram a notícia publicada pelo jornal da Europa. Rapidamente, internautas entraram em conflito defendendo e criticando o político brasileiro.
Um internauta, porém, deu uma resposta em defesa a Bolsonaro que chamou a atenção. “Hitler era do partido nacional socialista dos trabalhadores, Bolsonaro repudia o Socialismo, Hitler odiava Judeus, Bolsonaro apoia Israel, Hitler queria eliminar as ‘raças inferiores’, Bolsonaro diz que todos somos iguais perante a lei”, postou.
“Hitler considerava o cristianismo uma perda de tempo, Bolsonaro é cristão, Hitler desarmou a população, Bolsonaro quer armá-la”, disse.
“As semelhanças entre Hitler e Lula são muito maiores, ambos apoiam um governo totalitário, ambos odeiam o patriotismo, a família e a liberdade individual. Antes de publicar uma coisa dessas, estude (sem ser pelos livros do MEC claro)”, finalizou.
— Datena Boladão (@datenaband) January 12, 2017
Reportagem
Segundo o Financial Times, o Brasil sofre com o avanço da extrema direita e Bolsonaro é um dos nomes mais importantes deste movimento. Ainda de acordo com o jornal britânico, são cerca de 150 mil neonazistas que moram no país.
O jornal recordou ainda a defesa que Bolsonaro fez ao coronel do exército, já falecido, Carlos Brilhante Ustra, um dos responsáveis pela tortura durante o período de governo militar no Brasil (1964-1985).
No dia da votação do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados, Bolsonaro citou Ustra, a quem chamou de “o terror de Dilma Rousseff” – a ex-presidente foi torturada durante o governo militar.
O Financial Times ainda afirma que Bolsonaro nega ser neonazista e que essa acusação é feita por adversários políticos do Deputado Federal e fala sobre o crescimento do conservadorismo em todo o país.
De férias, o político brasileiro não comentou a citação na imprensa britânica até o momento.