O presidente do Chile, Sebastián Piñera, que recentemente esteve no Brasil e fez uma pergunta que deixou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sem reação, defendeu que a melhor opção para o "gigante" que é o Brasil é o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

Num evento em Madri, na Espanha, Piñera elogiou o plano econômico de Bolsonaro uma vez que, segundo ele, pode reduzir o déficit fiscal. Ele também ressaltou a importância das privatizações que podem ajudar a melhorar os setores públicos, diante do tamanho que é o Brasil.

Em relação a Fernando Haddad, candidato do PT, Piñera mostrou uma certa desconfiança.

De acordo com ele, ninguém conhece Haddad e nem sabe como ele pensa. O presidente chileno também percebeu que os votos em Bolsonaro foram também um voto de castigo contra vários políticos brasileiros que estão envolvidos em corrupção.

Piñera comentou que ficou sabendo que o candidato do PSL foi acusado de atos homofóbicos e linguagem forte contra as mulheres, entretanto, vê em seu plano econômico a direção correta para enfrentar a corrupção e o populismo. Na visão dele, esses são os grandes problemas do Brasil.

Críticas à Corte brasileira

O presidente do Chile esteve em uma visita ao Brasil em abril deste ano e fez uma pergunta que causou um pequeno mal-estar entre os ministros.

Recebido pela então presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, Sebastián Piñera quis saber a quem se poderia recorrer quando a Corte falha em suas decisões.

O Brasil já estava em momentos de crise e o questionamento dele acabou silenciando o tribunal.

Após um breve desconforto e sem receber uma resposta, ele próprio respondeu: "À instância Suprema", e apontou as mãos para cima em referência a Deus.

O ministro Edson Fachin ainda tentou mostrar um lado "amigável" do tribunal e disse que a sociedade pode ser a responsável pelas decisões da Corte, ou seja, os ministros também ouvem o povo.

Piñera rebateu com uma nova pergunta: "Pode a sociedade revogar decisões da Corte?". Ninguém respondeu para ele. A pergunta ficou no ar.

Bolsonaro versus Haddad

O segundo turno já começou com embates entre os dois candidatos e a luta por alianças. Um dos principais objetivos de Haddad é conseguir o apoio do terceiro colocado na eleição, Ciro Gomes, do PDT.

Ciro avisou que tem tudo para apoiar Haddad, pois se recusa a ficar do lado de Bolsonaro. Entretanto, o pedetista falou que será um "apoio crítico" já que ele vê um pouco de deslealdade no PT, que não o apoiou em sua campanha.