Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, solicitou que todos seus ministros disponham de seus cargos, segundo uma publicação de sua vice-presidente, Delcy Rodríguez. O pedido é parte de uma reorganização dos meios e funções do governo bolivariano de forma a proteger a pátria de possíveis ameaças.

Essa remodelação do governo é resultado de um apagão que durou cerca de dez dias e deixou o país, que já se encontrava em um colapso econômico, com ainda mais problemas envolvendo a falta de alimentos e itens de necessidade básica, como remédios, além dos impactos da emigração de milhares de cidadãos.

Os dados a respeito dos danos que o apagão podem ter gerados para o país não foram ofertados pelo presidente venezuelano, que acusou sua oposição e um ataque cibernético executado pelos Estados Unidos, além de uma suposta sabotagem realizada pela sua oposição. De acordo com engenheiros locais, na realidade o apagão teria sido fruto da falta de investimento na manutenção das usinas elétricas e as redes elétricas do país, perpetuado por anos.

Governo Maduro é marcado por instabilidade

Os membros do gabinete de Maduro são constantemente mudados desde que ele assumiu a presidência em 2013, onde existem integrantes do Exército em posições de cargo-chave, que fazem parte de ministérios como da eletricidade, petróleo, interior, entre outros.

Em visita a um setor elétrico no sul de Bolívar, o presidente da Venezuela afirmou que realizaria uma reformulação da Corpoelec, e assegurou que irá investir na criação de uma unidade das Forças Armadas para que haja proteção contra possíveis ataques cibernéticos.

Maduro pediu para que seus aliados se mantenham na resistência, e que também informem, ajudem e promovam ações de solidariedade Além disso, ele clamou por resistência ativa de todos seus aliados nesse momento.

Esse pedido do presidente, no entanto, é interpretado por apoiadores de Hugo Chávez como uma ameaça de golpe de Estado, onde eles estariam convocando os chamados “grupos de choque”, que são facções armadas aliadas ao presidente e que operam em colaboração com as forças de segurança que constantemente enfrentam líderes e manifestantes de oposição.

Juan Guaidó, líder de oposição do país, tem realizado uma viagem ao longo país, que ele denominou de “Operação Liberdade”, com o objetivo e reconquistar o Palácio Miraflores. Guaidó é reconhecido pela maioria dos países ocidentais como um líder legítimo do país.