O filho da deputada federal Flordelis dispensou a ajuda dos advogados que a mãe contratou para defendê-lo da acusação de ter assassinado o padrasto Anderson do Carmo. Flávio Rodrigues dos Santos, que é filho biológico apenas da deputada, está preso desde o dia do enterro do padrasto.
Dias após Flávio ser preso, suspeito de participar da morte do pastor, Flordelis contratou três advogados para atuarem em sua defesa.
Um desses defensores, a advogada Alexandra Menezes, havia deixado o caso na segunda-feira (22), alegando foro íntimo. Quando foi nesta terça-feira (23), o suspeito do crime teria dispensado os outros dois profissionais.
Segundo informações repassadas pelo jornal O Globo, Flávio teria contratado um novo advogado para trabalhar na sua defesa. Não se sabe qual teria sido o motivo do filho da deputada ter dispensado os profissionais contratados pela mãe, mas essa mesma decisão de se afastar de Flordelis e recusar ajuda dos advogados arrumados por ela teria sido tomada pelo outro filho que também está preso por envolvimento na morte de Anderson.
Lucas Cezar dos Santos Souza, suspeito de ter comprado a arma e de ter participado do assassinato do pastor, desistiu da ajuda dos advogados da mãe no começo do mês de julho. Lucas também teria arrumado outro advogado para fazer a sua defesa.
Nesta quarta-feira, a mãe do pastor Anderson, Maria Edna do Carmo, será ouvida pela Delegacia de Homicídios responsável pelas investigações. Essa será a primeira vez que a senhora prestará depoimento, visto que mora em São Paulo. A mãe da vítima chegou ao Rio de Janeiro no último sábado para participar de uma manifestação em homenagem ao pastor.
Segundo Maria Edna, a nora Flordelis não a procurou após a morte de seu filho. Ela disse também que ficou chocada quando descobriu que a morte do filho teria envolvimento de pessoas de sua própria família, que moravam dentro da sua casa.
Relembre o caso
Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho, logo após chegar em sua casa em Niterói, no Rio de Janeiro. O pastor foi pego de surpresa em sua própria garagem e morto com 30 disparos de arma de fogo. Dois de seus filhos, Lucas e Flávio, foram presos suspeitos de envolvimento no crime.
Flávio teria confessado que deu seis tiros no pai, mas a motivação ainda não foi divulgada. A arma que teria sido usada por Flávio para atirar no pai foi encontrada alguns dias depois em cima de um armário, que ficava no quarto que era usado pelo rapaz. Os investigadores acharam a arma do crime ao realizar uma busca no imóvel da família.
Os celulares de Flávio e da vítima não foram encontrados para que pudessem passar por perícia. A polícia acredita que os aparelhos ajudariam a elucidar o crime e sua motivação.