Na última terça-feira (19), o presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou a sua desfiliação do PSL, partido do qual fazia parte. As informações foram fornecidas por Admar Gonzaga, um dos advogados de Bolsonaro.

A desfiliação do presidente aconteceu na mesma data em que a convenção nacional do PSL reconduziu Luciano Bivar, deputado por Pernambuco, à presidência do partido.

Sobre os motivos que levaram Jair Bolsonaro a se retirar do partido, é possível citar a disputa entre ele e Bivar pelo comando do PSL.

A disputa acabou se tornando algo público ainda no começo de outubro, ocasião em que Jair Bolsonaro disse a um de seus apoiadores que ele deveria esquecer o partido e afirmou que Luciano Bivar não era bem visto por todos.

No dia seguinte à fala, o deputado afirmou que a fala de Bolsonaro foi “terminal” e que ele já se encontrava afastado do PSL, visto que pediu para que o partido fosse esquecido.

Ainda na última terça-feira (19), o presidente se reuniu com Admar Gonzaga para definir a questão da desfiliação e ficou definido que o presidente não mais faria parte do partido.

Na próxima quinta-feira (21) acontecerá uma convenção na cidade de Brasília para o lançamento de um novo partido, Aliança pelo Brasil, criado por Jair Bolsonaro. Entretanto, o partido deverá cumprir uma série de requisitos até o mês de março de 2020 se quiser entrar na disputa por eleições municipais. Sobre o Aliança pelo Brasil, Bolsonaro afirmou que ele será o presidente.

De acordo com Gonzaga, a desfiliação do presidente foi feita em caráter definitivo e não poderá ser revertida, visto que foi realizada por meios formais da Justiça Eleitoral.

Filho de Bolsonaro deixa o PSL

Seguindo os passos do pai, Flávio Bolsonaro, senador do Rio de Janeiro, também pediu para não ter mais vínculos com o PSL.

Isso fará com que o deputado também deixe o comando do partido no estado do Rio de Janeiro, que será assumido pelo deputado Gurgel.

Além de Flávio, Eduardo Bolsonaro também já deixou a executiva do PSL. Sobre se desvincular do partido, o deputado destacou que pretende fazer isso assim que o Aliança pelo Brasil for oficializado.

Devido a esses fatores, o PSL do estado de São Paulo segue sem definição de sua presidência, visto que Eduardo é o responsável por ela e pretende se desfiliar em breve.

A respeito disso, Luciano Bivar, que mantém à presidência do PSL, afirmou que o destino de São Paulo ainda está sendo decidido, uma vez que Eduardo ainda não formalizou o seu pedido de desfiliação. Assim, as decisões estão sendo discutidas para que ocorram de maneira amigável.