Na tarde dessa última terça-feira (19), uma nova polêmica aconteceu nas redes sociais e dividiu os internautas. O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) fez um ato de violência na exposição "Resistir no Brasil", que mostra a existência de uma resistência negra no Brasil, quebrando uma arte mostrando uma conscientização contra o genocídio dos negros.
A gravura que foi quebrada mostrava um homem negro com uma camisa da seleção brasileira de futebol, algemado e morto no chão. Ao fundo, mostra um policial se afastando com uma arma do local. A imagem tem também um título: “O genocídio da população negra”.
A exposição tinha estreado na terça-feira (19) pela manhã, enquanto estava tendo a cerimônia de abertura, interrompida com o ato do deputado Coronel Tadeu.
Coronal Tadeu mandou uma carta para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pedindo a retirada da arte nessa terça-feira (19), dizendo que a placa faz um “desserviço” por conta do conteúdo da arte. E diz ainda que a imagem acusa os policiais militares de matar a população negra nas dependências da Câmara Federal.
A imagem ainda retrata, segundo o deputado, de uma forma negativa do papel policial para a manutenção da ordem pública no Brasil. Os próprios deputados do PSL (Partido Social Liberal), que acompanhavam a mesma cerimônia de abertura dessa exposição, também se chocaram com a atitude do Coronel e foram pedir explicações dos motivos que o levaram a fazer isso.
Depois que a confusão foi instalado pelo ato, deputados do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) foram até a Polícia Legislativa registrar uma queixa contra o deputado Coronel Tadeu. Segundo os deputados, a queixa foi registrada como destruição ao patrimônio público e crime de racismo. Contudo, segundo o estatuto, a Polícia Legislativa não pode autuar nenhum deputado da Câmara Legislativa.
Os deputados vão se reunir para criar um documento para mandar ao Conselho de Ética do Parlamento contra o deputado Coronel Tadeu. Os parlamentares não descartaram fazer um Boletim de Ocorrência na Polícia Federal.
Reposta de Rodrigo Maia
Logo depois do ato do deputado Coronel Tadeu, de ter quebrado o painel, parlamentares da oposição ao governo Jair Bolsonaro (RJ) ameaçaram esvaziar a plenária.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tomou a palavra para fazer algumas considerações sobre o ocorrido.
Segundo ele, naquele dia se deveria defender a inclusão de mais negros dentro da política, criando mais igualdade de oportunidade, e não danificando cartazes que poderiam, segundo Maia, ser injustos com parcelas de policiais. Contudo, Maia defendeu que isso deveria ter um diálogo, e não uma agressão. Enquanto o presidente da Câmara discursava, Coronel Tadeu estava presente na Câmara.