O senador pelo estado de Goiás Jorge Kajuru (Cidadania) segue internado no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, sem previsão de alta. Na terça-feira (19), o parlamentar de 58 anos havia se sentido mal no Plenário do senado Federal.
De acordo com um boletim médico divulgado na manhã desta quarta-feira (20), Kajuru segue em observação e seu quadro é estável. Ele também foi submetido a avaliação neurológica. Por meio das redes sociais, a assessoria de imprensa do senador informou que ele é diabético e que sofreu uma convulsão.
A sessão do Senado, que debatia uma proposta de emenda à Constituição, chegou a ser suspensa por alguns minutos por conta do problema de saúde de Kajuru.
O senador recebeu os primeiros atendimentos ainda no Senado pelo colega Otto Alencar (PSD-BA), que é médico. Ele foi retirado de maca do recinto. Chegou-se a cogitar a suspensão da sessão, mas ela foi retomada minutos depois do ocorrido.
Colega ajudou no atendimento
“No calor do debate, ele teve uma pequena convulsão”, disse o senador Otto Alencar, que explicou os procedimentos iniciais feitos em Kajuru e afirmou que ele não ficará com sequelas. “Vimos que ele não estava com nenhum sofrimento cerebral”, disse o senador baiano. “Fizemos uma abertura da respiração pela boca”, seguiu Alencar, que revelou ainda que o colega está bem e que chegou a fazer algumas brincadeiras com o senador Romário.
Kajuru é o terceiro senador a passar mal em plenário neste ano. Antes, Cid Gomes (PDT-CE) havia sofrido um desmaio no plenário. Rose de Freitas (Podemos-ES) também enfrentou problemas de saúde na Casa.
Na política desde 2014
Polêmico comentarista esportivo, com passagens por grandes emissoras –Rede TV!, TV Bandeirantes e SBT–, Jorge Kajuru se lançou na política em 2016, quando concorreu a uma vaga na Câmara dos Vereadores de Goiânia.
Ele foi o vereador mais votado da história da cidade, com mais de 37.800 votos. Seu mandato foi marcado por políticas na gestão de saúde.
Nas eleições de 2018, Kajuru tentou uma cadeira no Senado Federal pelo estado de Goiás e foi eleito com mais de 28% dos votos válidos.
PEC foi aprovada pelos senadores
A sessão a qual o senador passou mal discutia uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 133/2019, a chamada PEC Paralela da Previdência.
A proposta visa facilitar a adesão de estados e municípios às novas regras de aposentadoria previstas na reforma da Previdência.
A proposta foi aprovada por 53 votos a sete e seguiu para ser analisada na Câmara dos Deputados. Senadores da oposição tentaram obstruir a votação, mas a estratégia não surtiu efeito e o texto do relator foi mantido.