Na tarde desta terça-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro consolidou o processo de "militarização" no núcleo do Palácio do Planalto, ao empossar os novos ministros da Casa Civil e da Cidadania, de acordo com o colunista do G1, Guilherme Mazui. Após a transferência de Onyx Lorenzoni para o ministério da Cidadania, a sua vaga na Casa Civil foi preenchida pelo general Walter Braga Netto.

Com isso, todos os gabinetes do Palácio do Planalto foram ocupados por militares, sendo três generais e um major da Polícia Militar do Distrito Federal. As mudanças ocorreram após a reforma ministerial promovida pelo presidente Bolsonaro. Assim, o Ministério da Casa Civil ficou com o general do Exército Walter Netto; a Secretaria do Governo com o general do Exército Luiz Ramos; o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) com o general Augusto Heleno e a Secretaria Geral da Presidência com o major da polícia militar do Distrito Federal, Jorge Oliveira.

Cerimônia de nomeação dos militares

Na cerimônia de nomeação que aconteceu nesta tarde (18), o ex-deputado Rogério Marinho foi destinado ao Ministério do Desenvolvimento Regional e o então servidor público, Gustavo Canutto, foi nomeado para a presidência do Dataprev.

Onyx Lorenzoni, em seu discurso cerimonial, citou os feitos do governo desde que Bolsonaro assumiu a cadeira da presidência dando destaque para a reforma da Previdência, a redução e reestruturação dos 29 ministérios para 22 e o projeto de regulamentação da exploração da mineração nas terras indígenas que foi enviado ao Congresso na última semana.

Ao se referir a Braga Netto, Onyx ressaltou que se apresentará como um soldado na execução das missões solicitadas a ele pelo general.

De acordo com Onyx, sua missão é continuar o trabalho do governo na frente do Ministério da Cidadania, de modo que, continue a servir o Brasil de forma exemplar.

Enquanto que Braga Netto se limitou a agradecer a confiança que o presidente Bolsonaro transferiu a ele em chefiar a Casa Civil e disse que irá coordenar e integrar as ações necessárias aos ministérios.

E acrescentou, que servirá ao trabalho com respeito, lealdade, comprometimento, objetividade e assertividade.

Palavras do presidente Bolsonaro

Segundo o presidente da República, o trabalho na Casa Civil é semelhante ao de Estado-Maior do Exército e que o novo ministro terá auxílio no dia a dia. Bolsonaro, salientou que espera que Braga Netto o auxilie na busca por soluções que provavelmente surgiram ao longo do tempo.

Ao final, o presidente Jair Bolsonaro agradeceu ao ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra, pelo trabalho desenvolvido e afirmou que necessitará de sua ajuda na ‘missão’ que visa melhorar as relações entre o governo e o Congresso Nacional.