Governo Bolsonaro juntamente com o Ministério da Defesa e das Relações Exteriores informaram, neste domingo (02), que trará de volta ao Brasil todos os brasileiros que têm o desejo de retornar, mas estão isolados na cidade de Wuhan, na China, epicentro do surto do coronavírus que vem matando mais de 300 pessoas na cidade.
Segundo o comunicado, as pastas afirmaram que o governo adotará as medidas necessárias a proteção de todos utilizando medidas como a quarentena, conforme estabelecem os procedimentos internacionais, sob as orientações do Ministério da Saúde.
De acordo com informações do governo, a Força Aérea Brasileira está elaborando um plano de voo para a aeronave, possivelmente, fretada que será enviada à China. Uma complicação adicional, conforme análise do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, é as escalas que será necessário fazer nas principais cidades europeias, pois devido a distância, o Brasil não possui voo direto para a China.
Até o presente momento, os detalhes quanto a data, itinerário e protocolo para que haja manifestação dos cidadãos de retorno ao Brasil, ainda não foi divulgado. A Embaixada do Brasil em Pequim tratará dos trâmites dessa questão.
Conforme Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, em entrevista à TV Globo, não há previsão de data, apenas variáveis em negociações.
O ministro, também, ressaltou que compreende a ansiedade que envolve a todos nesse momento, mas que questões como o plano de voo, escala e montagem do sistema de quarentena requer tempo, mas acredita que logo será resolvido.
Em comunicado, também, há a informação de que duas brasileiras com nacionalidade portuguesa deixaram Wuhan e ficarão em quarentena em Portugal.
O transporte das duas foi feito no voo francês que transportava cidadãos europeus.
Motivação que levou o governo a tomar um posicionamento
Na manhã deste domingo (02), um vídeo foi publicado no canal do YouTube, onde aparecem brasileiros lendo uma carta aberta que solicita do governo brasileiro uma ajuda para sair do epicentro do coronavírus 2019 n- Cov, e se mostraram dispostos a passar pela quarentena.
Em resposta, o presidente informou que o governo, ainda, não tinha uma estratégia para resgatar os brasileiros, isso devido ao custo e a falta de uma lei de quarentena que não estar em vigor no Brasil.
Em relação ao custo, o presidente Bolsonaro afirmou que o custo pode parecer baixo se comparado ao orçamento, contudo tal ação requer aprovação do congresso. Ao final descartou a edição de uma medida provisória que agilize o trâmite em questão. Em contrapartida, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) disseram que apoiam o resgate e que se for preciso votarão a favor de projetos que declarem regime de urgência para agilizar os voos.