Luiz Henrique Mandetta seguirá sendo o ministro da Saúde do Governo de Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (6), algumas notícias deram conta de o ministro deixaria o cargo por conta de uma demissão que seria feita pelo presidente da República, no entanto Mandetta ficará. A informação foi divulgada pelo próprio ministro ao final desta segunda em uma entrevista coletiva cedida em Brasília.

“Nós vamos continuar, porque continuando nós vamos enfrentar nosso inimigo. Nosso inimigo tem nome e sobrenome: covid-19. Médico não abandona paciente, eu não vou abandonar.

Mas as condições para os médicos precisam ser as melhores”, afirmou Mandetta.

Mandetta admite nervosismo durante o dia

A notícia de que Luiz Henrique Mandetta seria demitido pelo presidente deixou o próprio ministro nervoso durante o dia muito embora ele próprio não achasse que fosse deixar o cargo. Em entrevista, Mandetta confessou que muitas pessoas acreditavam que seria demitido.

"Hoje foi um dia que o trabalho no Ministério rendeu pouco. Ficou todo mundo com a cabeça avoada se eu ia sair. Muitos vieram em solidariedade, e agradeço. Havia gente aqui dentro limpando gaveta, pegando as coisas. Até as minhas gavetas vocês ajudaram a fazer as limpezas", contou Mandetta.

Quem entraria no lugar do Mandetta

Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo, Luiz Henrique Mandetta seria demitido por Jair Bolsonaro e quem assumiria o seu cargo seria o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).

Conflito de ideias poderia ser o motivo para Mandetta deixar o cargo

O Brasil e o mundo vive uma situação muito complicada por conta do coronavírus.

Diversos países precisaram adotar medidas complexas para frear o contágio do vírus e uma dessas medidas é o isolamento social. Desde o primeiro caso confirmado no Brasil no mês de março, governos municipais e estaduais estudaram e traçaram estratégias dentro do isolamento social para fazer o contágio ser menor no país em comparação com o restante do mundo.

A estratégia adotada foi fazer o conhecido isolamento horizontal, onde toda a população deveria ficar em casa.

Essa tese é defendida por Luiz Henrique Mandetta e vai de encontro com o que pensa Jair Bolsonaro. O presidente da República prefere pensar que o isolamento vertical seria mais eficaz no momento, principalmente porque segundo ele seria útil para fazer o Brasil não passar por um colapso econômico. O isolamento vertical defendido por Bolsonaro consiste em deixar somente pessoas do grupo de risco em quartentena, como idosos e pessoas com doenças graves. Pessoas mais jovens deveriam sair para manter a economia do país girando.