Desde o episódio ocorrido em 6 de setembro, quando o atual presidente da República, Jair Bolsonaro, sofreu um ataque promovido por Adélio Bispo de Oliveira, o caso provoca polêmica, mesmo que as investigações tenham sido encerradas.

No último sábado (2), Bolsonaro publicou em suas redes sociais um vídeo, onde ele aparece ao lado de outro homem que possui algumas teorias criadas embasadas na facada, com possíveis "provas" que possam levar ao culpado. O conteúdo presente no vídeo já passou por averiguação judicial no ano passado.

Segundo o rumo que as investigações tomaram, Adélio Bispo de Oliveira teria agido sozinho quando atacou o presidente.

Adélio segue com uma medida de segurança na penitenciária federal em Campo Grande (MS). A defesa do presidente resolveu não recorrer à absolvição do réu.

No vídeo, o homem presente se declara como um técnico de informática, apenas interessado em fazer Justiça, nas próprias palavras. O homem não teve seu nome revelado. O técnico expôs imagens do atentado e comentou cada cenário, deixando claro algumas vertentes que mostravam outras possíveis pessoas agindo em companhia de Adélio.

Uma testemunha foi ouvida na época do ocorrido, tratando-se de um homem que teve sua voz reproduzida no vídeo que foi gravado, porém, nada do que fora dito pela testemunha deixou a entender a participação de terceiros no crime, alegando novamente que Adélio estava sozinho.

'Calma, velho', e não 'Calma, Adélio', diz PF

Uma frase foi dita no decorrer do vídeo, até então interpretada como ‘’Calma Adélio’’, o que reforçava a ideia de que ele poderia ter tido companhia. Segundo informações, após ser novamente investigado pela PF, no vídeo a frase pode ser interpretada como ‘’calma, velho’’, podendo também ter sido dirigida à outra pessoa que não fosse Adélio.

Segundo os investigadores, a tese de que tudo teria sido um alerta para Adélio é fraca, derrubando essa vertente.

Segundo os agentes que estão por conta do caso, o vídeo que fora publicado pelo presidente teria sido apenas mais uma fake news sobre o ataque, que poderia ter sido apenas mais uma das contestações dos apoiadores de Bolsonaro, ainda mais após a saída do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.

O caso segue em investigação, e apesar do tempo e de todas as testemunhas até o momento, ainda não foi provado a presença de nenhum outro cúmplice com Adélio, nem qualquer ligação com um possível mandante até o momento.

O primeiro inquérito teria sido finalizado ainda no mês em que ocorreu o atentado, onde teria ido comprovado que Adélio Bispo agiu sem ajuda de terceiros, e que o mesmo teria negado a proposta de delação premiada, alegando que não teria ninguém para denunciar, mesmo que fosse de sua vontade.