Em sua live semanal, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), mencionou a intervenção militar e falou por duas vezes seguidas que impor ditadura no Brasil é algo fácil. A afirmação se deu após ele criticar as medidas restritivas adotadas pelos governadores para frear o avanço da Covid-19 no país. O presidente demonstrou revolta com o fechamento das cidades e falou sobre as consequências que isto pode causar para a economia.
Para Bolsonaro, o lockdown pode aumentar o desemprego e a pobreza. Ele disse que a falta de emprego para os brasileiros é a principal efeito do lockdown.
Quando fez as críticas aos fechamentos, o mandatário disse que é o chefe das Forças Armadas e pontuou que pode tomar medida extrema, caso os brasileiros desejassem.
Bolsonaro fala sobre acusação de interferência na PF
O mandatário perguntou aos seus telespectadores se lembravam de um vídeo que foi vazado, no qual um ministro do STF teria dito que o presidente tinha interferido na Polícia Federal. Bolsonaro disse que eles viram que ele não tinha feito interferência nenhuma e que falou aquilo de forma espontânea. Ele repetiu a frase de que é fácil impor uma ditadura no país e deu ênfase mais uma vez ao discurso. "Como é fácil impor uma ditadura no Brasil'. Vou repetir: como é fácil impor uma ditadura no Brasil", afirmou Bolsonaro.
Ele relembrou a reunião ministerial que aconteceu em abril do ano passado e a autorização de Celso de Mello em tornar o vídeo público quase na íntegra. Apesar de o presidente afirmar que não houve interferência na PF, o caso ainda segue em andamento no STF.
O mandatário disse que quanto mais atiram nele covardemente, mais estão enfraquecendo quem poderia resolver a situação.
Em seguida ele indagou como é que ele poderia resolver esta situação e disse que tinha que ter apoio. O mandatário ressaltou que se ele levantar sua caneta e falar “Shazam” seria considerado um ditador, e questionou se ficaria sozinho nesta briga. O chefe do executivo citou que seu exército é o povo e que deve lealdade ao brasileiro e ao exército fardado.
Ele disse que faria o que a população quiser, pois essa é a sua missão como líder de estado.
Forças Armadas
Em seu discurso, Bolsonaro ressaltou que é chefe das Forças Armadas e que elas estão acompanhando o que está acontecendo no país. Ele ainda falou que este não era o momento de criticar os generais. O marido de Michelle Bolsonaro destacou que se um general cometer erro, paciência, que iria pagar por isso, e que caso o presidente cometesse falha também pagaria pelo erro. Além disso, ele mencionou como exemplo os ministros do STF e da Câmara dos deputados, concluindo que se alguém errar, deveria pagar. Entretanto, ele se mostrou irritado ao dizer que não concorda com a “crítica de esculhambar todo mundo”.
"Nós vivemos um momento de 64 a 85. Você decida aí o que achou daquele período. Pense. Não vou entrar em detalhe aqui", disse ainda Bolsonaro.