Nesta terça-feira (16), a pastora e deputada Flordelis (PSD-RJ) chorou ao fazer a própria defesa em uma reunião do Conselho de Ética da Câmara. Durante a sessão, ela negou todas as acusações que dizem que ela foi a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo. A parlamentar responde pela acusação criminal realizada na Justiça do Rio de Janeiro. Já no Conselho de Ética, ela é alvo de uma ação por suposta quebra de decoro, que pode culminar na cassação de seu mandato.

Deputada Flordelis chora em defesa

Em sua defesa, a pastora afirmou que é inocente e negou que tenha mandado matar o marido.

Ela disse que está sofrendo "perseguição pública implacável" e desabafou dizendo que sua vida e de sua família se tornaram um caos desde quando o marido faleceu, há dois anos. A deputada disse que o que está ocorrendo é o “assassinato de seu nome e de sua reputação”.

Flordelis nega acusações

A parlamentar é acusada de 5 crimes relacionados ao assassinato de Anderson, que foi morto a tiros em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em 2019. Os crimes envolvem associação criminosa e homicídio triplamente qualificado. Apesar disso, Flordelis negou todas as acusações.

A parlamentar está sendo monitorada por meio de tornozeleira eletrônica desde outubro do ano passado. O fato de ser deputada permite que ela desfrute de imunidade parlamentar, o que garante que ela só poderia ser presa em flagrante.

Simoni dos Santos Rodrigues, uma das filhas de Flordelis, confessou em janeiro de 2021 que pagou R$ 5 mil para que matassem Anderson. Ela afirmou que entregou o dinheiro para Marzy Teixeira, sua irmã. Segundo Simoni, um dos motivos para matar o pastor seria as investidas dele para ter contatos íntimos com ela.

Flordelis afirmou para o Conselho de Ética que ela não sabia de nada que acontecia em sua própria casa.

A parlamentar afirmou desconhecer que o marido assediava a filha. A pastora pontuou que não teve coragem de assistir à confissão da filha, entretanto disse que ficou sabendo. Apesar disso, ela afirmou que este não era o caminho que sua filha deveria tomar e garantiu que é a favor da vida.

A deputada aproveitou o momento de sua defesa para apelar para que seus colegas não fizessem nenhuma injustiça com ela.

No dia 23 do mês passado, o Tribunal de Justiça do Rio solicitou o afastamento de Flordelis do mandato até que julgassem todas as acusações criminais contra ela. Apesar disso, a Câmara ainda não se pronunciou acerca desta decisão e o tema não foi submetido ao plenário. Sendo assim, a pastora segue em seu exercício de mandato.