Este 15 de maio (sábado) foi marcado por manifestações a favor do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) em algumas localidades do país. Uma das concentrações foi registrada em Brasília, onde o presidente discursou.

Bolsonaro e a esquerda

O presidente voltou a fomentar a polarização com a esquerda, afirmando que luta contra ela desde que ingressou na política.

"Hoje, mais uma vez, vocês vieram às ruas para mostrar pra alguns poucos que vocês sabem o potencial do seu país e onde ele pode chegar, bem como o que pode ser feito.

Confesso que as eleições [de 2018] estavam incertezas, mas aconteceram. Quiz o destino que nós chegássemos aqui. E nós por décadas, quase que nos acostumamos no momento que o político assume o cargo, ele muda completamente seu discurso e suas ações. Eu conheço essa esquerda, desde 1970, muitos de vocês nem eram nascidos ainda. Cheguei no Congresso em 1991, muitos aqui também não eram nascidos ainda. Enfrentei por 28 anos uma verdadeira guerra ideológica que poucos davam valor aquilo", disse.

Segundo Bolsonaro, ele assumiu seu mandato de presidente com o país defasado em diversas áreas.

"Mas o nosso compromisso, era acima de tudo um bem mais sagrado que a nossa própria vida, que é a nossa liberdade.

Tudo do que me acusavam, nós provamos ser exatamente o contrário. Assumimos um governo e pegamos um Brasil praticamente destroçado ética, moral e economicamente", disparou.

Ministérios

Presidente aproveitou a oportunidade para elogiar a composição de sua equipe ministerial.

"Não foi fácil formar o ministério. Tivemos que enfrentar pressões naturais. Mas vencemos barreiras e escalamos e um time, a grande maioria desse time deu e vem dando conta do recado. Mas o maior patrimônio nosso, com todo respeito a todos os ministros, as suas ações em si, o maior patrimônio nosso é a fé. É a crença no seu país e o respeito a família. Nós queremos que nossos filhos sejam melhores do que nós, mas estávamos na contramão disso", esbravejou.

Bolsonaro voltou a criticar parte da imprensa ao falar dos seus ministros.

"Eu tenho dito aos meus ministros: 'querem perder o emprego?' Seja elogiado pela Globo ou pela Folha [de São Paulo]", atacou.

Ainda no seu discurso, Bolsonaro voltou a disparar contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o chamando de bandido de nove dedos. O presidente também pediu o voto impresso na eleição de 2022, fazendo acusações de que caso isso não ocorra, Lula deverá ser eleito através de fraude. Bolsonaro ainda falou de 'liberdade' ao criticar prefeitos e governadores sobre lockdowns adotados no país para tentar conter a disseminação do coronavírus.