O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), está nesta sexta-feira (14) em Mato Grosso do Sul, onde cumpre agenda oficial. No final da manhã, ele participou de um evento de entrega de títulos de propriedade rural.
Palanque eleitoral
Em seu discurso, o presidente falou de vários assuntos, e, claro, comentou sobre a eleição de 2022. Bolsonaro voltou a defender o voto impresso e atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que o petista só terá chance de vitória no pleito em caso de fraude no processo eleitoral. "Quando se fala em política, quando alguém compra um carro novo e esse carro bate pino, esse carro não funciona, você não compra um outro carro igual aquele na concessionária.
Agora, veja o que acontece em alguns países aqui da América do Sul. O que aconteceu com a Venezuela, o que está acontecendo com a Argentina. Queremos isso para nós?", analisou.
Bolsonaro, a exemplo de outras ocasiões, voltou a pedir voto impresso. "Se Deus quiser a gente vai aprovar o voto impresso. Que o bandido [fazendo alusão a Lula] foi posto em liberdade. Foi tornado elegível, no meu entender, para ser presidente, na fraude. Ele só ganha na fraude o ano que vem. E eu tenho falado, se o Congresso Nacional votar e promulgar uma PEC do voto impresso, teremos voto impresso no ano que vem. Eleições dali para frente só com voto impresso. Eu respeito as decisões do Parlamento brasileiro, os outros Poderes também têm que respeitar", afirmou.
Bolsonaro voltou a criticar medidas restritivas
O Brasil se aproxima das 430 mil mortes em virtude da pandemia de coronavírus. Neste ano, o país chegou a registrar mais de quatro mil mortes diárias em virtude da Covid-19. Para tentar frear a disseminação da doença e colapso no sistema de saúde, prefeitos e governadores de várias localidades optaram pelo fechamento do comércio em diversos estágios da pandemia que se arrasta desde março de 2020.
O presidente segue sendo contra essa medida e voltou a atacá-la no evento desta sexta-feira. Para Bolsonaro, o lockdown é para prejudicar seu Governo, e não para conter os casos do coronavírus. "Eu tenho falado para vocês, muitos cobram de mim decisões rápidas, querem que eu dê um cavalo de pau no [navio] transatlântico. Peguei um Brasil arrebentado.
Ética, moral e economicamente. Ainda veio essa desgraça dessa pandemia. Vocês sofreram muito também com medidas restritivas, sem qualquer comprovação científica. Não existe comprovação científica de lockdown. Quase quebraram o Brasil ano passado para atingir o governo. Não conseguiram. Porque eu falei que só Deus me tira de lá [da presidência]", esbravejou.