Nesta quinta-feira (6), enquanto conversava com seus apoiadores em Brasília, em frente ao Palácio da Alvorada, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), brincou com um de seus simpatizantes. Durante a brincadeira, o presidente disse que estava vendo uma barata no cabelo de um homem que usava estilo de cabelo black power. O momento foi exibido em um canal em rede social de um apoiador do presidente.

Bolsonaro diz que viu uma barata em cabelo de homem

Um homem chegou até o presidente e solicitou que tirasse uma foto ao lado dele. Foi quando o presidente olhou para o cabelo do homem, olhou para os seguranças, sorriu e comentou que estava vendo uma barata no cabelo dele.

"Tô vendo uma barata aqui. Hahaha", disse Bolsonaro.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, antes desse comentário, Bolsonaro teria dito para a mesma pessoa que tinha piolho e cloroquina na cabeça do homem.

Não foi a primeira vez que o presidente fez comentários semelhantes a esse. Na terça-feira (4), ele perguntou para um apoiador com cabelo black power, o que ele criava dentro da cabeleireira. O homem quando ouviu o comentário do mandatário, riu e respondeu que tinha muita coisa. Em seguida eles posaram para fotos.

Bolsonaro fala sobre declaração de Mandetta

Ainda durante o encontro com apoiadores, o mandatário comentou a declaração de Luiz Henrique Mandetta durante depoimento para CPI.

O ex-ministro da Saúde afirmou que o país poderia estar imunizado contra a doença desde novembro de 2020.

Bolsonaro rebateu o comentário de Mandetta dizendo que a fala dele foi grave porque, segundo o presidente, a primeira vacina contra o vírus no mundo aconteceu no Reino Unido em dezembro do ano passado, e o Brasil começou a campanha de vacinação em janeiro.

Além disso, Mandetta também afirmou que Bolsonaro não seguiu as orientações do Ministério da Saúde e contrariou a ciência.

Teich diz que deixou governo por discordância de cloroquina

Além das declarações de Mandetta, o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich também disse que deixou o comando da pasta após divergências em relação ao tratamento precoce contra a Covid-19 defendido pelo presidente.

Segundo Teich, a falta de liberdade e autonomia diante da pasta foram cruciais para que ele deixasse o comando da pasta. Isto porque, o ex-ministro disse que segundo suas convicções, a cloroquina não apresentava nenhuma eficácia devidamente comprovada para tratar pacientes com covid-19.

Durante o depoimento de Teich, um bate-boca se instaurou e a sessão teve que ser interrompida por alguns minutos. Isto porque a bancada feminina ganhou um direito de pergunta durante a sessão, e governistas bolsonaristas não concordaram com a ideia alegando que aquilo não estava regimentado. Foi necessário que Renan Calheiros intervisse para dar um basta à discussão que teve trocas de ofensas entre a bancada feminista e os bolsonaristas.