Nesta quinta-feira (24), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), causou polêmica após pedir para uma menina retirar a máscara e ao abaixar o item de segurança de uma criança que posou em seu colo para foto.
O presidente participou de um evento em Jucurutu, no Rio Grande do Norte, nesta quinta-feira (24), e durante a cerimônia, uma menina de 10 anos foi convocada para recitar um poema em homenagem ao mandatário.
No momento em que a criança deu as saudações, o presidente fez um sinal com as mãos indicando para que ela retirasse a máscara.
Após isto, a menina atendeu à solicitação de Bolsonaro e baixou a máscara. O presidente correspondeu à atitude da menina com um “joinha” com as mãos, sinalizando que aprovou.
Presidente Bolsonaro tira máscara de criança ao posar para foto
Outro momento protagonizado pelo presidente que causou polêmica foi quando ele pegou uma criança no colo. O presidente pegou o menino em seus braços e, ao posar para uma foto, baixou a máscara da criança. O item estava protegendo a boca e o nariz do menino, mas o mandatário abaixou, colocando o item no queixo da criança.
No momento do ocorrido, o presidente não fazia uso de máscara de proteção e havia algumas pessoas ao redor.
Colunista diz que Bolsonaro cometeu um ato criminoso
Após o ocorrido, o colunista Kennedy Alencar, do portal UOL, disse, ao participar do UOL News, que a atitude de Bolsonaro em abaixar a máscara da criança e pedir para que a menina retirasse o item de segurança se configura com um ato criminoso.
Segundo o colunista, isto mostra que o presidente é favorável ao vírus, sendo aliado dele, e que coloca a vida das pessoas e crianças em risco.
Kennedy define o comportamento do presidente como criminoso porque foi irresponsável ao deseducar as pessoas acerca da importância de usar a máscara de proteção.
O colunista ressaltou que a atitude de Bolsonaro transmite segurança para aqueles que acreditam nele e acaba estimulando a disseminação do coronavírus.
Especialistas criticam Bolsonaro em depoimento na CPI da Covid
Em depoimento nesta quinta-feira à CPI da Covid, o epidemiologista Pedro Hallal e a médica Jurema Werneck criticaram as atitudes do governo Bolsonaro durante a pandemia.
Hallal disse que o mandatário deveria dar exemplo para as pessoas, mas faz o contrário e transmite o pior exemplo para os demais.
A médica Jurema Werneck também concordou com o posicionamento de Hallal e destacou que, por ser um líder, Bolsonaro deveria ser exemplo para os brasileiros.