Quem não se lembra do caso Marielle Franco? Famoso na mídia brasileira, o caso da vereadora do PSOL-RJ deixou uma incógnita no ar. Na ocasião, muitos se perguntavam: "quem teria mandado matar a política no dia 14 de março em 2018, junto com o motorista Anderson Gomes?". Agora, com a prisão de um suspeito realizada nesta quarta-feira (28) pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil da Paraíba, a incógnita sobre o mandante poderá ser solucionada.

Trata-se de Almir Rogério Gomes da Silva, apontado como chefe das milícias da Gardênia Azul e do Morro do Tirol. Ele foi preso na cidade de Queimadas, a 140 km de João Pessoa. Outro homem que acompanhava Almir também foi detido na operação, mas sua identidade não foi revelada.

Em entrevista à revista Veja, Julia Lotufo, viúva do ex-capitão da Polícia Militar e miliciano Adriano de Nóbrega, afirmou que ter dito em proposta de delação premiada para o Ministério Público do Rio de Janeiro que a ordem para assassinar Marielle partiu do comando da Gardênia Azul.

Delação

A revista Veja alegou que a viúva negou que o então marido, já falecido, tenha participado da emboscada que resultou na morte da vereadora.

Julia disse que, ao cobrar explicações dos comparsas do marido, recebeu como resposta que a ordem teria partido do alto-comando da Gardênia Azul, cefiada por Almir Rogério Gomes da Silva.

Atualmente em prisão domiciliar, a viúva de Adriano de Nóbrega é acusada de ser cúmplice da fuga do marido, que ficou foragido da polícia até fevereiro de 2020, quando foi morto pela polícia da Bahia.