As manifestações do dia 7 de setembro realizadas por apoiadores de Jair Bolsonaro contaram com um discurso antidemocrático do próprio presidente. Após insultos e ameaças contra o Supremo Tribunal Federal, grupos de centro-direita decidiram marcar um protesto pró-impeachment. Os protestos, promovidos por grupos de centro-direita como Movimento Brasil Livre (MBL), Vem pra Rua e Livres, ganhou o apoio de centrais sindicais, que decidiram aderir aos atos.
Nota oficial
Em São Paulo, o ato está marcado para o próximo domingo (12), na avenida Paulista, a partir das 14h.
As manfestações também devem ocorrer no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
A Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) divulgaram nota conjunta sobre a postura de Jair Bolsonaro. O grupo classificou a participação de Bolsonaro nas manifestações de 7 de setembro e suas falas atacando os ministros do Supremo como algo deplorável.
A nota ainda relata que é nítida a intenção do atual presidente de dividir o povo, empurrando a nação para um clima de insegurança, caos e anarquia. Ao incitar o rompimento da legalidade institucional, Bolsonaro descumpriu a própria Constituição.
PDT
Outro grupo que decidiu participar das manifestações é o PDT (Partido Democrático Trabalhista).
Ao afirmar que Bolsonaro ataca diariamente a Constituição, as instituições e a própria democracia, cometendo repetidos crimes de responsabilidade, o presidente da siglaem São Paulo, Antonio Neto, assinou um texto confirmando o apoio.
Grupos de esquerda
Até o momento, a participação ativa de grupos de esquerda nos atos pró-impeachment vinha sendo dúvida.
Os partidos de esquerda ainda não comunicaram publicamente como sendo a favor ou contra as manifestações. No entanto, as falas de Bolsonaro e a tensão política gerada no 7 de setembro podem vir a mudar este quadro.
Vem Pra Rua
Luciana Alberto, advogada do Vem Pra Rua, afirmou que as ações de Jair Bolsonaro reverberaram em torno da população que não compactua com as atitudes deste Governo.
Isso fez com que a manifestação do 12 ganhasse mais força e um número maior de apoiadores.
O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) destacou que as falas do presidente nas manifestações fortaleceram a necessidade de um processo de impeachment. Kim destacou ainda que Bolsonaro foi explícito ao afirmar que só sai do poder se estiver morto ou for preso.