O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promoveu na noite desta quarta-feira (22) um jantar para homenagear as duas décadas de Gilmar Mendes como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A cerimônia ocorreu na residência oficial da Câmara, localizada no Lago Sul de Brasília, e contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), que compartilhou o espaço com aliados, opositores e outros ministros do STF, incluindo seu desafeto Alexandre de Moraes.
Convidados
Além da presença de Moraes, o ocupante do Palácio da Alvorada também esteve junto com os deputados de partidos de oposição ao Governo federal: Odair Cunha (PT-MG), Reginaldo Lopes (PT-MG), Orlando Silva (PCdoB-BA) e Renildo Calheiros (PCdoB-PE).
Entre os políticos de direita e centro-direita no evento, estavam presentes: Elmar Nascimento (União-BA), Aécio Neves (PSDB-MG) e Luciano Bivar (União Brasil-PE).
Representando o Supremo estavam presentes, além do já citado Moraes, os ministros: Ricardo Lewandovski, André Mendonça e Kassio Nunes Marques –os dois últimos indicados ao Supremo pelo presidente Bolsonaro.
Também estavam no jantar o advogado-geral da União, Bruno Bianco, o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o assessor especial do presidente da República e possível vice na chapa de Bolsonaro para disputar a reeleição neste ano, o general Braga Netto.
O líder do Executivo deixou a casa de Arthur Lira por volta de 22h35. O jantar aconteceu dois dias depois de um outro jantar promovido por Sérgio Victor, advogado do PSD, para homenagear o decano do STF.
Prisão
A festa com diversas figuras do mundo político aconteceu no mesmo dia em que a Polícia Federal (PF) efetuou a prisão de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, que foi preso no âmbito da Operação Acesso Pago, que investiga esquema de corrupção com envolvimento de pastores evangélicos durante a gestão de Ribeiro no Ministério da Educação (MEC).
Segundo apuração do site Metrópoles, que ouviu fontes da PF e também do Palácio do Planalto, Milton Ribeiro foi preso no começo da manhã de quarta-feira em sua própria casa, localizada em Santos, litoral de São Paulo. A PF tamném realizou buscas na sede do MEC em Brasília. O juiz federal Renato Borelli foi quem determinou a prisão de Ribeiro.
O Metrópoles teve acesso ao mandado de prisão. O juiz Borelli lista pelo menos quatro crimes que o ex-ministro de Bolsonaro teria cometido: advocacia administrativa, corrupção passiva, prevaricação, e tráfico de influência.