José Maria Eymael (DC) irá se candidatar pela sexta vez à Presidência da República nas Eleições de 2022. Aos 82 anos, o advogado e empresário foi entrevistado pelo programa "Pânico", da Rádio Jovem Pan de São Paulo, nesta quarta-feira (27). Fundador da Democracia Cristã, Eymael foi deputado federal durante a Constituinte de 1988, tendo sido reeleito em 1990.
Democracia Cristã
Eymael explicou que seu partido passou por vários momentos de perigo de extinção. "A Democracia Cristã foi destruída pela segunda vez em 1993, no meu segundo mandato (como deputado), quando houve a fusão do PDC com o PDS.
Eu fiz tudo que tava no meu alcance para evitar a fusão, mas ela aconteceu, no dia 3 de abril de 1993. Só dois anos depois que eu refundei a Democracia Cristã. Tivemos que mudar o nome. Não podia ser PDC, por uma decisão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] havia decidido que siglas que participam de fusão não podiam ser recriadas. Então nós consultamos o TSE e eles concordaram que com o nome de PSDC podia ser registrado, isso em 30 de março de 1995. Nós refundamos a Democracia Cristã. Em 1998, fui candidato a presidente pela primeira vez", afirmou.
Cenário político
Segundo o democrata, ele é o único candidato que pode vencer o líder das pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Quem menos o Lula quer enfrentar somos nós. Porque nós somos autores de tudo que o trabalhador conquistou na Constituinte. E não adianta, está lá escrito. Os anais da Constituinte estão lá. Porque nós temos argumentos para enfrentá-lo. Nós temos um bom relacionamento com Lula. Não temos nenhum problema em termos pessoais. Mas o único candidato que realmente pode fazer frente ao Lula somos nós", disse.
Sobre um provável segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula, Eymael se esquivou de forma bem-humorada: "Nós estaremos no segundo e não posso fazer essa conjectura".