Em um vídeo que circulou nas redes sociais nesta terça-feira (15), o ministro Luís Roberto Barroso, do Superior Tribunal Federal (STF), caminha pela calçada em Nova York, nos Estados Unidos, acompanhado do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, quando surge um homem questionando os dois sobre o processo eleitoral brasileiro. Inicialmente, o presidente do TSE é questionado se irá responder às Forças Armadas sobre a liberação do código-fonte das urnas eletrônicas, afirmando que o Brasil precisa da resposta de Alexandre de Moraes.
Na sequência do vídeo, o manifestante direciona a indagação a Barroso e diz: "Por favor, Barroso, responde para a gente". Nesse momento, o ministro responde: "Perdeu, mané, não amola", ao que o manifestante rebate: "É sério? Não fala isso não, ministro."
O evento em Nova York
Os ministros do Supremo estavam em Nova York para participar do evento privado Lide Brazil Conference, que ocorreu nos dias 14 e 15 de novembro, no New York Harvard Club, no centro de Manhattan. Desde a chegada dos magistrados à cidade americana, manifestantes e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) protestaram e entoaram gritos contra os ministros da Suprema Corte.
O evento conta com a presença de 260 empresários, políticos e convidados. A comitiva do STF foi composta pelos ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Carmem Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles também foram acompanhados pelo ex-presidente da República Michel Temer.
Motivação dos manifestantes
Assim como parte da população no Brasil, em Nova York os brasileiros insatisfeitos com o resultado do segundo turno das Eleições, ocorrido no dia 30 de outubro, pedem que o STF disponibilize o acesso ao código-fonte das urnas para apuração do Exército Brasileiro, visto que o relatório das Forças Armadas foi inconclusivo devido alegação de que os técnicos não tiveram acesso pleno às urnas eletrônicas, não sendo possível atestar fraude no sistema eleitoral.
O ministro Alexandre de Moraes afirma que as eleições foram limpas e seguras, não havendo possibilidade de fraude na contagem de votos, e reafirma que o Brasil tem suas instituições fortes e sólidas, capazes de conduzir o processo democrático do voto durante as eleições de 2022.