O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou suas preocupações sobre os recentes eventos violentos ocorridos em Brasília, onde as sedes dos Três Poderes foram invadidas no último dia 8 de janeiro. Em uma entrevista exclusiva com a comentarista Natuza Nery, da GloboNews, Lula afirmou ter tido "a impressão" de que os atos eram "o começo de um golpe de estado" e que os invasores pareciam estar "acatando uma ordem e orientação" dada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também expressou sua frustração com a falta de ação das forças de segurança na ocasião e explicou sua decisão de nomear um secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública para lidar com a situação.
CPI contra golpistas
Lula se posicionou contra a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os atos de vandalismo ocorridos em Brasília. Ele argumenta que tal iniciativa poderia causar uma "confusão tremenda" e não traria benefícios. Lula planeja discutir o fortalecimento da indústria de defesa no país em sua próxima reunião com os comandantes das Forças Armadas e também quer debater a neutralidade política da instituição. Ele reforçou que aqueles envolvidos em atos golpistas serão punidos.
A questão da Amazônia
Lula defendeu a criação de uma força especializada para garantir a segurança e proteção da Amazônia. Ele sugeriu que essa equipe também deveria ser responsável por combater atividades criminosas relacionadas ao narcotráfico e proteger as fronteiras.
Além disso, ele planeja discutir com as Forças Armadas novas medidas para aumentar a eficácia na proteção da floresta, com o objetivo de alcançar a meta de desmatamento zero até 2030. Ele também mencionou a possibilidade de marcar uma reunião com outros líderes da região para discutir uma política continental de preservação da Amazônia.