O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atribui responsabilidade à Rússia e à Ucrânia pelo conflito no leste europeu durante sua visita aos Emirados Árabes Unidos e à China. Lula defende a formação de um grupo de países neutros para dialogar com Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia, visando encontrar uma solução para o confronto. Ele também acusa os Estados Unidos e a Europa de incitarem a guerra e faz um apelo para que os países envidem esforços em prol da paz. As declarações de Lula têm gerado controvérsias, com o presidente da Ucrânia expressando descontentamento e a França demonstrando apoio à posição brasileira.
Lula já havia feito declarações polêmicas
Essa não é a primeira vez que Lula faz declarações semelhantes, sendo que em uma entrevista à revista Time em maio do ano passado, ele afirmou que o presidente russo Vladimir Putin cometeu um erro ao invadir a Ucrânia, mas também culpou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky por buscar a guerra. Lula rejeitou uma sugestão da Alemanha de fornecer ajuda militar à Ucrânia, alegando que isso envolveria o Brasil no conflito. Ele tem proposto a criação de um grupo de paz composto por países neutros como alternativa diplomática para resolver o conflito.
Entretanto, a posição de Lula tem gerado polêmica, com o presidente da Ucrânia expressando descontentamento e buscando um diálogo direto com o Brasil.
A Ucrânia atribui exclusivamente à Rússia a responsabilidade pelo conflito. Além disso, a postura do Brasil em relação ao conflito tem sido variável em diferentes fóruns internacionais, com o país assinando uma resolução condenatória à Rússia na Assembleia Geral das Nações Unidas, mas optando por não assinar um abaixo-assinado contra a Rússia em uma cúpula liderada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Por outro lado, a França tem demonstrado apoio à proposta do Brasil de criação de um grupo de paz.