O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu nesta quarta-feira (12) um parecer em apoio à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à reunião com embaixadores ocorrida no Palácio da Alvorada em julho do ano passado, em uma ação de investigação judicial eleitoral provocada pelo PDT. O MPE defendeu a suspensão dos direitos políticos de Bolsonaro, o que poderia torná-lo inelegível por 8 anos. O processo será agora avaliado na Corte Eleitoral, com previsão de apreciação até o início de maio.

Após o parecer favorável do MPE, caberá ao ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, apresentar seu voto e solicitar a inclusão do processo na pauta de julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, será responsável por incluir o caso na pauta da Corte após a apresentação do voto de Gonçalves.

Bolsonaro diz que Brasil acolheu mais de 50 mil 'vítimas do comunismo'

Na manhã da última quinta-feira (13), Bolsonaro destacou em suas redes sociais medidas humanitárias de seu governo, afirmando que em três anos de mandato o país recebeu mais de 50 mil refugiados que estariam "fugindo do socialismo". Ele mencionou países como Venezuela, Síria, Cuba e Congo como os principais de origem desses refugiados. Bolsonaro também mencionou o resgate de brasileiros na China e Ucrânia durante a pandemia de Covid-19 e a guerra contra a Rússia, respectivamente.

Além disso, Bolsonaro afirmou que o Brasil acolheu "vítimas do comunismo", apresentando dados de 287 mil refugiados venezuelanos que solicitaram regularização migratória e 64 mil que foram interiorizados.