Durante sua visita à China, o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) firmará um pacto com o Grupo de Comunicação da China (CMG), em consonância com a abordagem adotada pelo seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia celebrado um tratado semelhante em 2019. O acordo prevê intercâmbio cultural e audiovisual entre Brasil e China, incluindo a promoção de festivais de cinema e a possibilidade de estabelecer um canal de televisão dedicado a programas sino-brasileiros.
As negociações estão sendo conduzidas pelo Conselho Econômico Social Sustentável (CDESS), também conhecido como "Conselhão", recriado por Lula, porém, ainda não foram divulgados detalhes específicos, como a lista de participantes e os termos exatos do acordo.
Além do governo, empresas privadas brasileiras, como a Band, também fecharam acordos semelhantes com empresas chinesas em 2019. Os termos do acordo proposto por Lula incluem cooperação em conteúdo, tecnologia, organização e cobertura de eventos, porém, não foram divulgados detalhes específicos sobre o mesmo. A secretaria responsável pela negociação, comandada por Alexandre Padilha, não forneceu mais informações quando questionada sobre o assunto.
O que esperar da visita à China
Lula partiu rumo à China em uma visita acompanhado por uma comitiva composta por empresários, governadores, senadores, deputados e ministros, com o objetivo de estreitar os laços bilaterais. O enfoque desta viagem é o fortalecimento das relações econômicas entre os dois países, visto que a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com um fluxo comercial anual que totaliza US$ 150,4 bilhões. A intenção é expandir os investimentos chineses no Brasil, especialmente no setor de manufatura, visando impulsionar o crescimento em áreas como automóveis e energia verde.