Big techs podem enfrentar multas de até R$ 12 milhões por falta de moderação de conteúdos que incentivem a violência nas escolas e massacres, de acordo com anúncio feito pelo ministro da Justiça, Flávio Dino. As medidas para aumentar a segurança nas escolas foram divulgadas recentemente e têm como foco principal a moderação das redes sociais, com a participação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
Flávio Dino destacou que o Ministério da Justiça pode exigir o cumprimento das normas com base no Código do Consumidor. Ele ressaltou a busca pelo fim do que chamou de "mercado vil da morte" e levantou a possibilidade da existência de "interesses comerciais armamentistas" por trás das ameaças às escolas.
Entre as medidas a serem cumpridas pelas plataformas digitais estão a proibição de aceitar novos perfis de indivíduos identificados como ameaçadores e a exclusão de conteúdos que incentivem a violência nas escolas, com identificação a partir de endereços.
Além disso, as plataformas serão obrigadas a repassar à polícia dados que possibilitem a identificação imediata de usuários que ameacem cometer massacres, juntamente com informações sobre os terminais de conexão com a internet. A coordenação do trabalho ocorrerá em conjunto com as Delegacias especializadas em Crimes Cibernéticos, visando detectar a incitação a ataques e assegurar a proteção nas instituições de ensino.
Aluno tenta derrubar professor de cadeira em sala de aula
Nas redes sociais, um vídeo se tornou viral mostrando um aluno envolvido em uma discussão acalorada e tentando agredir um professor na Escola Estadual Carlos Alberto de Oliveira, em Assis (SP). No vídeo, o aluno aponta o dedo para o professor, chuta e joga a mesa dele, enquanto outros estudantes observam sem intervir.
O docente procura indicar que a conversa aconteça em outro local que não seja a sala de aula, porém o estudante persiste em prosseguir ali. Uma funcionária da escola intervém e pede para o aluno sair da sala. O incidente aconteceu na segunda-feira (10).