Ao menos 14 pessoas ficaram feridas, entre elas uma gestante, que está em estado grave, após um grupo de criminosos ter invadido um coletivo da empresa Vicasa e ateado fogo com os passageiros dentro, na madrugada desta terça-feira (27), em um terminal rodoviário no bairro de Mathias Velho, em Canoas, região metropolitana de Porto Alegre.

De acordo com policiais militares, pelo menos quatro homens usando toucas teriam invadido o coletivo por volta das 23h50, após chegarem em um automóvel. Ao entrarem no ônibus, que estava parado no terminal, pediram para que os passageiros saíssem do coletivo e em seguida um deles, usando um galão de combustível, colocou fogo no veículo.

Na hora do crime, pelo menos 15 passageiros estavam a bordo do veículo, além do motorista e do fiscal.

Segundo os policiais, após os passageiros deixarem o local os outros criminosos continuaram a jogar combustível no ônibus que se incendiou por completo bem rapidamente. Diante da situação, o Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar a chamas e o fogo foi controlado.

Em meio a ação, o motorista não teve tempo de abrir as portas traseiras do veículo e várias pessoas teriam se machucado ao tentarem sair do ônibus que já estava em chamas. Muitos dos passageiros tiveram que utilizar as janelas para escaparem do fogo.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, uma gestante que estaria entre os feridos e teria sido levada para o Hospital de Pronto Socorro foi transferida para o Hospital Universitário devido a gravidade de seu quadro de saúde e se encontra internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) onde irá passar por uma avaliação com um obstetra.

Entre os outros feridos no ataque, duas pessoas também estão em estado grave por conta da inalação da fumaça do ônibus, e estão sob cuidados médicos. Outros quatro passageiros estão em situação estável, mas continuam internados em observação. Uma outra pessoa foi atendida na unidade de saúde, mas foi liberada pelos médicos no decorrer da madrugada.

A violência na região teria diminuído, segundo a polícia

Segundo o tenente-coronel do Comando de Policiamento Metropolitano Oto Eduardo Amorim, ainda não se sabe a motivação do ataque e os agentes irão aguardar pela investigação da Polícia Civil. O militar ainda mencionou que a guerra entre as facções criminosas e os homicídios tinham diminuído na região, mas o que chama a atenção neste caso e que os criminosos teriam colocado fogo no coletivo com os passageiros ainda dentro, o que não é comum.

A polícia agora irá investigar o caso para tentar identificar os autores do crime.