A Polícia Civil está investigando a morte de uma pastora e juíza de paz que teve seu corpo encontrado neste último sábado (28) dentro da geladeira de sua residência, no bairro de Vera Cruz, em Miguel Pereira, Região Centro-Sul Fluminense.
Segundo os agentes civis, Yone Angela Máximo dos Santos, de 47 anos, foi encontrada com as mãos amarradas por uma espécie de arame e amordaçada com um lençol. Ainda conforme a polícia, a principal linha de investigação é de que a mulher tenha sido vítima de um feminicídio.
Segundo informações, Yone estava sumida desde o último dia 24 de setembro.
Como não teria feito nenhuma ligação no dia do aniversário de um familiar, que seria comemorado na quarta-feira seguinte, o parente tomou a iniciativa de ir pessoalmente falar com ela em sua residência, no sábado.
Ao chegar ao imóvel da pastora, o familiar acabou descobrindo o corpo de Yone na geladeira. Mesmo muito nervoso, conseguiu acionar o Batalhão da Polícia Militar, que chegou ao local para atender a ocorrência. Após a chegada dos agentes a área foi isolada para que membros do Instituto Geral de Perícia (IGP) pudessem realizar os primeiros trabalhos investigativos. Depois, o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da região.
De acordo com o delegado responsável pela caso, Luiz Fernando Nader Damasceno, que deu uma coletiva representando a 96º DP da cidade de Miguel Pereira, só dará para saber a causa exata da morte de Yone após a conclusão dos exames cadavéricos realizados no Instituto Médico Legal.
Namorado morreu trocando tiros com a polícia
Segundo a Polícia Militar, um dia depois do desaparecimento da mulher, um namorado dela teria trocado tiros com agentes militares do estado de São Paulo, que teriam ido verificar um acidente de trânsito no município paulista de Aparecida.
Durante esse tiroteio, o então namorado de Yone teria conseguido matar um policial e depois foi alvejado e morto no local.
Na ocasião da troca de tiros, os PMs encontraram dentro do automóvel do homem documentos que pertenciam à pastora Yone Angela Máximo.
Ainda segundo a polícia, ao ser encontrado, o corpo da vítima estava muito enrijecido, o que demonstra que o crime teria ocorrido há alguns dias. "O corpo estava enrijecido, o que indica que ela havia sido morta já há alguns dias.
Não notamos nenhuma perfuração aparente. Só o resultado do exame cadavérico poderá esclarecer a causa exata da morte. Feminicídio é uma das hipóteses consideradas", explica o delegado Damasceno. O caso segue sendo investigado.