A noite de sexta-feira (13) marcou um dos maiores atentados terroristas já vistos e o grupo jihadista Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados. O mundo está chocado. Mas não desde a última sexta-feira. O mundo está chocado há muito tempo, desde que o grupo terrorista começou mostrar a que veio - e mostrar da forma mais terrível que pode ter escolhido: por meio de crimes bárbaros contra a humanidade.
O Estado Islâmico é um exército de terroristas que tem controle sobre uma grande faixa de território no oriente Médio e que tem uma marca registrada: a brutalidade. E são considerados inimigos todos aqueles que não pensam como eles.
O Estado Islâmico era pouco conhecido até 2014, quando ocupou Mosul, que é a segunda maior cidade do Iraque - a partir de então, o mundo começou a conhecê-lo. Os seus atos vêm de uma interpretação bem particular da religião: um islamismo bem distorcido, que quer impor o seu modo de pensar a todo o mundo.
O grupo tem um diferencial, que o torna, de certa forma, mais poderoso: eles utilizam como nenhum outro grupo as redes sociais.
E são bem estruturados, se comunicam em inglês e em outras línguas estrangeiras, para conseguir chegar até seus alvos: pessoas que estejam dispostas a abraças a causa - essa é uma forma deles fazerem a sua propaganda e convocar militantes.
Foram se tornando mais conhecidos mais conhecidos à medida que seus crimes bárbaros iam sendo "exibidos" e conhecidos pelo mundo todo. Eles queimaram vivos prisioneiros, decapitaram jornalistas, decapitaram reféns estrangeiros e funcionários de agências humanitárias, mataram crianças, estupraram mulheres, destruíram patrimônios históricos e cometeram atentados.
O exército terrorista é bem equipado, bem armado. Eles dizem que são mais de 200 mil militantes, mas serviços de inteligência americanos dizem como estimativa que eles são um grupo entre 20 e 32 mil militantes.
Difícil de ser combatido, o Estado Islâmico tem treinamento de combate, aparentemente conhecem bastante sobre técnicas de guerrilha, sabem como ocupar lugares e como se defender da Polícia. Mas talvez a sua maior arma seja, na verdade, o fato de estarem dispostos a morrer por uma causa. Infelizmente, a causa errada.
Na França, de acordo com o grupo, foi só começo: "Esse ataque é só o começo da tempestade e um alerta para aqueles que quiserem meditar e tirar lições.”, teria dito o grupo.