No Brasil, a Constituição Federal de 1988 garante que todos os cidadãos devam ter acesso às fontes de cultura e lazer de forma igualitária. Sendo o Cinema uma das fontes de cultura, lazer e educação, ele deve estar disponível para receber a todos em suas diferentes condições.
Segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine), até o inicio de 2020 todas as salas de cinema deverão estar acessíveis s pessoas com deficiência visual e auditivita. A mesma afirmou que 35% das salas de cinema dos grandes complexos, e 30% dos menores, deverão ter equipamentos que garantam tal acessibilidade.
Extinguir a desigualdade
É notório que para democratizar é necessário procurar sanar as desigualdades sociais presentes entre as classes. Dentre tantos fatores relevantes temos: a inclusão os surdos, cegos, cadeirantes, idosos e as classes menos favorecidas.
No caso dos surdos há grande dificuldade de interpretação, pois geralmente não há legenda ou intérpretes no canto da tela que façam simultaneamente a tradução. Enquanto que deficientes visuais não têm aparelhos sonoros que façam as audiodescrições das paisagens, cenários e emoções dos personagens para que formem imagens mentais.
Sabe-se que há uma parceria do ministério foi feita com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) para que as salas de cinema sejam adaptadas a pessoas com deficiência.
Contudo ainda existem divergências para se colocar em prática de forma eficaz.
É importante destacar que alguns programas foram desenvolvidos visando minimizar essa questão como o “cinema para todos”, do Governo Federal; “Cinema é para você, sim!”, da Caixa Econômica Federal, bem como a “meia entrada” para estudantes com carteirinhas estudantis.
Entretanto, ainda, há muito que ser feito.
É necessária uma maior atenção e maiores investimentos na área cultural, bem como na realização de projetos que visem disseminar o acesso dos deficientes ao cinema como cultura, de modo que sejam incrementadas mais cinemas adaptados no país, pois, segundo o IBGE, 91% dos municípios não os têm.
Assim, destaca-se o índice de 60% dos jovens que sequer conhecem as salas de cinemas por conta do preço do ingresso e da locomoção necessária e indisponível.
Portanto, a democracia deve ser um sistema de direitos iguais para todos, sem ações que prejudicam um grupo em prol de outro. É possível pensar que agentes do governo, empresários, donos de cinema possam estar investindo mais no acesso aos menos favorecidos e deficientes.
Em virtude dos fatos mencionados, conclui-se que apesar de algumas soluções propostas estarem sendo colocadas em prática (de forma singela e quase imperceptível), o efeito que se espera alcançar ainda está longe de se tornar uma realidade.