Não é de hoje que o mundo enfrenta pandemias cruéis que nos fazem rever nossos costumes e hábitos diante da sociedade. Os vírus tem sido um dos inimigos do homem durante muito tempo, já que eles estão aqui há muito mais tempo do que nós. Apesar de estarem aqui a bem mais tempo que os humanos, os vírus só foram descobertos em 1892, pelo biólogo russo Dimitri Iwanowsky, enquanto ele estudava uma doença da Planta de Fumo. Ao analisar o causador, ele percebeu que o agente não poderia ser identificado através de microscópio óptico. Apesar de terem sido descobertos em 1892, foi somente em 1932, com o desenvolvimento do microscópio eletrônico, que os vírus foram visualizados pela primeira vez.

Covid-19: O que sabemos sobre a Pandemia que afeta o Brasil e o mundo?

O vírus responsável pela Covid-19 é apenas uma variação da família Coronavírus que já foi responsável por outras epidemias e que foi descoberto, pela primeira vez, em 1960. Existem outras variações mais antigas do Coronavírus conhecidas por nós como a SARS-CoV e a MERS-CoV que, assim como o novo Coronavírus, chegou aos humanos através de animais, como gato e dromedários, respectivamente.

O vírus começou na China, na gigantesca cidade de Wuhan, sétima maior cidade da China. Após o alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que casos misteriosos de pneumonias estavam sendo notificados por lá, o mundo ficou em alerta e de olho na cidade chinesa.

Não demorou muito e os cientistas chineses constataram o surgimento de um novo Coronavírus, que seria responsável pela Covid-19. Não tardou muito e a doença logo chegou em outros países asiáticos, como Japão e Coreia do Sul. Na Europa, os maiores afetados foram Itália, Espanha, Alemanha e Reino Unido, sendo a Itália o epicentro da pandemia fora da China.

No Brasil, a doença chegou a cerca um mês, quando o primeiro caso foi identificado na cidade de São Paulo. Tratava-se de um homem, de 61 anos, que chegou de viagem da Itália. Não demorou muito e o Governo paulista declarou transmissão comunitária no estado, que é justamente quando o vírus passa a circular e não tem mais como identificar o transmissor.

Atualmente, o país já conta com mais de 4,5 mil casos e 168 mortos até essa publicação. O grande desafio agora é reduzir ao máximo o número de contágios.

Os desafios da Secretaria de Saúde de São Paulo para conter as infecções

O estado de São Paulo encara um dos maiores desafios de sua história: frear o número de infecções do Coronavírus no território paulista. Até a publicação dessa matéria, a Secretaria de Saúde já contabilizava 1.517 infecções e 113 mortes no estado, o que fez com o governador João Doria (PSDB) passasse a tomar medidas drásticas para frear as infecções.

Uma das ações do governador paulista vai justamente na contramão do que prega o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido), que defende que as pessoas precisam voltar a trabalhar.

O governo federal, inclusive, lançou uma campanha intitulada "O Brasil não pode parar", que incentivava os brasileiros a voltarem as suas rotinas normais em meio a Pandemia. Após críticas, a Secretaria de Comunicação (Secom) retirou a propaganda do ar alegando não ser oficial.

Em meio a isso, o Governo de São Paulo lançou uma peça publicitária intitulada "Fique em casa", onde os cidadãos paulistas são motivados a não saírem durante essa quarentena para que a curva de infecções possa ser reduzida e o sistema de saúde não entre em colapso.

"A economia a gente trabalha e recupera. A vida de quem a gente ama não da para recuperar", diz a peça publicitária que você pode acompanhar abaixo.

Não é a primeira vez que Bolsonaro e Doria trocam farpas

Antes mesmo da Pandemia, João Doria e Bolsonaro já não estavam se entendendo. Tudo começou a piorar com o avanço da Pandemia, após o presidente defender a volta da "normalidade" no país. Em reunião com os governadores, o presidente lançou várias indiretas ao governado de São Paulo, chamando-o de demagogo. Em resposta, Doria afirmou que "lamentavelmente [o presidente] não lidera o Brasil no combate ao Coronavírus".

O governador chegou a lembrar até de Donald Trump que, antes, também defendia o retorno a vida normal e que agora já aconselha os cidadãos norte-americanos a ficarem de quarentena. Os Estados Unidos se tornaram o novo epicentro da Pandemia de Covid-19.