Um novo balanço divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde revelou que o Estado de São Paulo é onde se concentra o maior número de mortes provocadas pelo coronavírus. O estado é governado por João Doria (PSDB), que constantemente tem entrado em atrito com o presidente Jair Bolsonaro.
Das 57 vítimas fatais registradas em todo o Brasil, 48 foram em cidades paulistas, o que faz a taxa de letalidade ser de 5,5%, mais que o dobro da média do país, que é de 2,4%
O estado, onde foi registrado o primeiro caso no Brasil, também é líder disparado em número de casos positivos, concentrando cerca de um terço do total do país.
Dos 2.433 infectados até esta quarta-feira, 862 estavam em São Paulo.
Todos esses casos confirmados em São Paulo estão distribuídos em 30 cidades, sendo que a capital é onde se concentra a esmagadora maioria deles, com 722 casos, bem distante de São Caetano do Sul, a segunda colocada, que teve 16 pessoas infectadas.
Oito mortes nesta quarta-feira
Nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde divulgou que o número de mortos em todo o Brasil subiu de 46 para 57. Desses 11 novos óbitos registrados, oito foram em São Paulo, que agora passa a concentrar 48 vítimas.
Desses oito óbitos, seis são de homens com idade entre 70 e 98 anos e duas mulheres, uma de 87 e a outra de 52 anos, sendo que essa última já possuía uma doença pré-existente.
Ou seja, todos eles faziam partes do grupo de risco.
O pico de mortes no estado havia sido a terça-feira (24), quando morreram seis homens e quatro mulheres, todos eles também integrantes do grupo de risco.
Na videoconferência realizada com os governadores do Sudeste, houve uma discussão entre Doria e o presidente Jair Bolsonaro.
Entre a troca de farpas, o presidente disse que durante a campanha de 2018 o governador paulista usou seu nome para se eleger e assim que a eleição acabou virou as costas e passou a atacar quem lhe emprestou o nome de forma não voluntária.
Witzel diz que pode responsabilizar empresários
No Rio de Janeiro, estado com mais casos confirmados e mortes depois de São Paulo, o governador Wilson Witzel (PSC) disse que empresários poderão ser responsabilizados legalmente caso sigam as orientações do presidente Jair Bolsonaro e decidam abrir seus estabelecimentos.
O governador fluminense criticou alguns pontos da fala do presidente, quando o mesmo defendeu em seu pronunciamento em rede nacional a reabertura das escolas e do comércio. Por outro lado, ele elogiou a reabertura do diálogo com o governo federal. Na manhã desta quarta-feira, o presidente realizou uma videoconferência com os governadores dos estados do sudeste.
No Rio de Janeiro, foram registrados até esta quarta-feira, 370 casos e seis mortes.