O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), anunciou, nessa manhã de terça-feira (22), a chegada de mais de 1,5 milhão de doses da vacina Janssen, pertencente ao grupo farmacêutico Johnson & Johnson.

Essa vacina tem como principal característica o fato de ser dose única, ou seja, não há necessidade da aplicação de uma segunda dose, como as que já estão sendo aplicadas no Brasil, como Pfizer, Coronavac e AstraZeneca.

Com a nova aquisição, o presidente afirma em seu Facebook que já distribuiu mais de 122 milhões de doses em todo o país, tornando o Brasil o quarto país que mais vacina no mundo –em números absolutos.

O que sabemos sobre a Janssen

Ao todo, o Brasil deverá receber mais de 3 milhões de doses do imunizante, sendo que o primeiro lote já chegou ao país. O imunizante recebeu autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia 31 de janeiro e foi comprada pelo Ministério da Saúde em março.

A vacina foi aplicada em milhares de brasileiro quando estava em fase de testes, onde mais de sete mil voluntários participaram dos estudos.

Com isso, teremos mais uma aposta no combate ao novo coronavírus (Sars-Cov.2), onde se espera que mais de 1,5 milhão de pessoas sejam vacinadas, já que é dose única.

Dose única com eficácia robusta

A vacina da farmacêutica Johnson & Johnson é a primeira aprovada pelos órgãos reguladores de saúde, como OMS (Organização Mundial da Saúde), como imunizante de dose única.

Com isso, o imunizante será de fundamental importância para imunização em massa em vários países, pois não haverá necessidade de esperar a aplicação de uma segunda dose para se obter uma boa resposta imunológica ao vírus.

Apesar de não ser uma das vacinas mais eficazes do momento, ficando atrás da de Oxford (70%) e a da Pfizer (acima de 95%) em casos leves e moderados, a vacina Janssen apresentou uma eficácia maior do que a Coronavac (50,38%).

Imunizante de fácil armazenamento

Além do fato de ser de dose única, outra vantagem da vacina Janssen está em seu armazenamento ser feito em refrigeradores comuns, diferentemente do imunizante da Pfizer, que necessita de um armazenamento em ambiente cuja temperatura seja estritamente controlada.

Com isso, municípios de menor porte, como os do interior, não terão tantas dificuldades para armazenar o imunizante e, com isso, mais facilidade no processo de vacinação de sua população.

Vacinação no Brasil

Apesar da afirmação do presidente Bolsonaro de que mais de 122 milhões de doses de vacina já foram distribuídas pelo país, o Brasil ainda não chegou à marca de 100 milhões de vacinados.

De acordo com levantamento feito pelo portal G1 em parceria com secretarias de saúde, o país já vacinou um total de 88,8 milhões de brasileiro, incluindo aqueles que receberam primeira e segunda dose. Com isso, mais de 64,4 milhões de pessoas já receberam a primeira dose e, mais de 24,3 milhões receberam as duas doses.

Diante disso, o país já vacinou cerca de 11,52% da população do país. Para se ter uma noção, entre os países do G20, o Brasil é apenas o nono país que mais vacina, ranking liderado pelo Reino Unido, seguido por Estados Unidos e Alemanha.

Vale ressaltar que países como esses, que lideram em vacinação, já relaxaram boa parte de suas medidas sanitárias para contenção do vírus e, com isso, estão voltando aos poucos à "normalidade".

O levantamento leva em consideração a quantidade de doses aplicadas a cada 100 habitantes.