Hoje em dia, pode-se dizer que o brasileiro possui 3 grandes sonhos profissionais: passar em concurso, seguir carreira em multinacional ou ser dono do próprio negócio.
Ser autônomo traz uma série de benefícios, como fazer o próprio horário, ter liberdade de decisões ou aumentar a renda conforme o investimento pessoal.
Porém, existem alguns pontos que devem ser tratados com atenção e cuidado, principalmente quando se trata das finanças da futura empresa.
Por isso, esse artigo traz algumas dicas para que quem queira se tornar um empreendedor ou para quem já exercita a profissão de autônomo.
Separar o orçamento profissional do pessoal
Contas pessoais e profissionais juntas podem trazer diversos problemas ao autônomo, como não saber qual a prioridade de pagamento ou quais são os documentos financeiros que devem ser registrados.
Por isso, ao começar um negócio, independentemente de seu tamanho, utilizar contas separadas de pessoa física e jurídica é essencial.
Nos dias atuais é possível abrir conta MEI e Pessoa Jurídica em bancos digitais, sem custo, sem burocracias e com facilidade de acessos.
Organizar as finanças
Organizar as finanças como autônomo parece complicado, mas em alguns passos é possível fazê-la sem grandes dificuldades.
Identificar custos mensais, como aluguel, água, luz e transporte, é indispensável, assim como calcular a média de rendimentos mensais.
A receita poderá ser calculada pela média dos últimos 6 meses.
Existem alguns gastos anuais como IPVA ou IPTU que também devem ser considerados, além de aquelas despesas que ocorrem de forma inesperada, como conserto de automóveis e presentes.
Fazer registro financeiro como autônomo
Registrar os gastos é essencial para que se tenha o controle físico das finanças, para que se possa conferir, planejar e analisar tomadas de decisão relativas ao negócio.
Apesar de ser um controle físico, todo o processo poder ser realizado de maneira totalmente digital.
Os mais populares quando se trata de desktop são o Google Drive e o Excel. Já para dispositivos móveis a lista é grande, mas podemos focar em alguns dos mais famosos, como Guia Bolso, Wise Cash, Minhas Economias e Organizze.
Formalizar o negócio autônomo
O Brasil é conhecido como um país com altas taxas tributárias e com muita burocracia, principalmente quando se trata de abrir empresas e gerir Negócios.
Entretanto, com a criação do regime do Microempreendedor Individual (MEI), o processo para se tornar dono de um negócio acabou se tornando mais simples, rápido, online e sem taxas abusivas.
Além do valor pago por mês ser baixo, em torno de R$ 60,00, pode-se transmitir a imagem de profissional ao poder emitir notas fiscais e certificados.
Utilizar linhas de crédito para MEI
Fora os benefícios já tratados acima, o MEI ainda possui algumas vantagens como adquirir empréstimos, cartões de crédito, antecipação de créditos e outros benefícios.
É necessário analisar muito bem qual será o banco em que todas essas operações serão realizadas, pois, taxas e prazos de pagamentos mal estipulados podem trazer grandes prejuízos financeiros para uma pessoa que ainda não possui uma renda fixa.
Além disso, não se deixar seduzir com opções variadas de crédito também faz parte do pacote, pois nem sempre tudo o que há disponível é o melhor para o negócio.
Fazer uma reserva de emergência
A vida de um autônomo pode ser muito instável, caso não haja o planejamento correto.
O empreendedor é o responsável por administrar o negócio e conseguir clientes, e nem sempre os mesmos clientes irão fechar negócio no mês.
Portanto, ter uma reserva de emergência é essencial para suportar as variações de mercado.
O ideal é que se guarde sempre uma parcela do faturamento para o fundo de emergência e que o acumulado total seja de pelo menos 6 meses do seu custo mensal do negócio.
Ter um capital de giro
Capital de giro é um determinado valor que o autônomo irá contar para custear algumas operações financeiras, como impostos, fornecedores ou despesas operacionais.
Como provavelmente um MEI não irá ter funcionários, esse valor terá um valor mediano, dependendo do setor de atuação. Por esse motivo, é interessante que o empreendedor estipule essa quantia e tenha sempre em reserva.
Dessa forma, o pagamento de despesas estará sempre em dia e o negócio poderá crescendo em seu ritmo.
Aprender a investir de modo autônomo
Depois de realizar todos os passos, pode ser que o profissional autônomo tenha notado que há um valor sobrando no final do mês.
A partir desse ponto, é chegada à hora de investir os lucros de uma maneira inteligente.
O Tesouro Direto pode ser a melhor escolha para começar, optando pelo Tesouro Prefixado, IPCA ou Selic. Além disso, após estudo e pesquisa sobre o assunto, poderá recorrer ao mercado de ações, em que o lucro pode ser maior, apesar de haver certo risco para um profissional autônomo.
Programar a vida pessoal
Quando se trabalha como autônomo, certos benefícios que o empregado CLT tem como férias, 13.º salário, abono salarial ou aposentadoria são de encargo do próprio empreendedor.
Dessa maneira, planejar a vida pessoal para que possa usufruir desses benefícios é essencial para conseguir manter a qualidade de vida desejada.
Será necessário planejamento antecipado e muita organização de datas, quantias, com base nos desejos pessoais do autônomo e das necessidades do próprio negócio.
Acompanhar o planejamento
O planejamento não serve para engessar ou paralisar seus métodos e práticas. Ele vem como uma estratégia para que o negócio e a vida pessoal do autônomo andem em conjunto.
Caso um método não esteja dando o resultado desejado ou esteja difícil de cumprir todas as metas do modo criado, não existe problema em mudar de estratégia.
Afinal, tudo o que foi dito serve para auxiliar o empreendedor e fazer com que o negócio evolua e cresça, em congruência com a pessoa responsável pelo negócio.