Chegou nesta última sexta-feira (26) ao catálogo do Amazon Prime Video a nova produção protagonizada por Sylvester Stallone, “Samaritano” (Samaritan). O filme é uma parceria da Metro Goldwyn Mayer Pictures –que foi recentemente comprada pela Amazon– em associação com a Balboa Productions. O longa-metragem tem direção de Julius Avery e roteiro de Bragi F. Schut, Mark L. Smith, Zak Penn e Chuck MacLean. Além do veterano astro filmes de ação, o elenco conta ainda com Javon “Wanna” Walton, Pilou Asbæk, Dascha Polanco e Moises Arias.
A trama
O garoto de 13 anos Sam Cleary (Walton) desconfia que o Joe Smith (Stallone), seu misterioso vizinho, um lixeiro que não gosta muito de conversar, é, na verdade, o lendário herói chamado Samaritano, um vigilante com superpoderes que protegia a fictícia Granite City.
O herói foi considerado morto depois de uma batalha com seu irmão gêmeo e rival, Nêmesis. Depois de 25 anos, nem todas as pessoas estão convencidas de que o herói de Granite City tenha realmente morrido. Sam é um dos que acredita nesta teoria e ele tenta provar que seu vizinho é super-herói veterano Samaritano.
Não é verdade
Embora alguns veículos especializados em cultura pop estejam dizendo que o novo filme da Amazon seja a estreia de Stallone nos filmes super-heróis, isto não é verdade. O eterno Rocky Balboa protagonizou em 1995 o filme “O Juiz”, que contava a história do personagem dos quadrinhos Juiz Dredd.
O astro famoso por dar vida ao veterano de guerra John Rambo retornou ao gênero super-heróis em 2017 ao fazer uma pequena participação no filme da Marvel Studios “Guardiões da Galáxia – Vol.
2” (2017). Em 2021, Stallone pulou da Marvel para a DC ao participar do ótimo “O Esquadrão Suicida” (2021), emprestando sua voz ao personagem Tubarão Rei.
Mais do mesmo
As poucas informações que surgiram quando se soube do novo filme de Sylvester Stallone poderiam dar a entender que a produção seria uma tentativa de fazer algo parecido com “Logan” (2017), o filme de James Mangold que marcou a despedida de Hugh Jackman como Wolverine; porém, o filme de Julius Avery parece querer mirar no público infanto-juvenil e também em um público menos exigente.
Com apenas três filmes no currículo, Avery entregou um filme mediano, que apenas serve como algo para ser visto e logo esquecido. O roteiro do também pouco experiente em longas-metragens Bragi F. Schut –o roteirista tem apenas dois longas no currículo– explora de maneira pouco eficiente a dinâmica entre os protagonistas Stallone e Walton, o que em certos momentos fez o filme lembrar "Karatê Kid", de 2010.
Além de um primeiro ato arrastado, o filme também falha em estabelecer um cenário de extrema violência e desespero da população da fictícia Granite City, coisa que foi feito sem grandes dificuldades no filme “Robocop - O Policial do Futuro” (1987), ou nos recentes “Coringa” (2017) e “Batman” (2022).
Também ficou fraca a construção do vilão Cyrus (Asbæk), que de maneira inexplicável conseguiu se tornar líder de uma população desesperada ao utilizar como símbolo justamente o nome de um vilão que atormentou a cidade por muito tempo. Uma das poucas coisas interessantes do filme foi sua reviravolta, mas até mesmo isso acabou não sendo bem explorado pela produção.