Noah Centineo é um rosto conhecido do público adolescente por ter vivido na Netflix o Borracho da saga “A Todos os Rapazes Que Amei". Ele também foi visto na produção, também voltada para o público teen, do Disney+ "A Família de Acolhimento" e recentemente o ator foi visto na tela grande no filme “Adão Negro”.
O ator de 26 anos agora marca uma espécie de despedida dos papéis adolescentes com a nova produção da Netflix, na qual ele também atua como produtor executivo. O serviço de streaming estreou na sexta-feira (16) a série de oito episódios em sua primeira temporada “O Recruta” (Recruit), na trama, Centineo dá vida a Owen Hendricks, o advogado recém-formado de 24 anos que vai trabalhar no setor jurídico da CIA.
Muitas confusões
Ao chegar para trabalhar em Langley. O novato se depara com um ambiente hostil, e um tanto quanto paranóico, seus colegas de trabalho alternam entre desdém, hostilidade e inveja. Owen é designado para cuidar de uma pilha de cartas que a famosa agência de espionagem recebe diariamente com supostas ameaças à segurança nacional, a quase totalidade delas não passa de mensagens de pessoas desequilibradas, provavelmente escritas pelo tipo de pessoa que fica por volta de 60 dias acampada em porta de quartel do Exército pedindo golpe de Estado.
Entretanto, Owen acaba descobrindo uma carta que merece ser levada a sério. Owen resolve investigar a carta de uma mulher chamada Max Meladze (Laura Haddock), ela cumpre pena por ter assassinado de maneira brutal um caminhoneiro.
Meladze ameaça ir à imprensa revelar segredos que irão comprometer as operações secretas da agência de espionagem.
Para resolver o caso, o protagonista viaja por diversos lugares, dentro e fora dos Estados Unidos, o caso passa de enigmático para caótico, pois Max Meladze é uma experiente ex-informante da CIA que irá fazer de tudo para conseguir o que deseja, o protagonista então é jogado em uma série de situações que ele não tem a menor ideia de como lidar, pois como ele repete diversas vezes na série, ele é um advogado, não um espião.
A série reune boas ideias que são praticamente abandonadas com o decorrer do tempo. Em seus momentos iniciais, a produção constrói um interessante universo em que vemos funcionários da CIA altamente paranóicos e que desconfiam uns dos outros. Neste cenário são mostradas boas piadas.
Isto dá a impressão que “O Recruta” irá apostar em humor ácido, que seria uma espécie de caricatura do que seria o mundo da espionagem, neste sentido a trama poderia se aproximar do que foi visto na genial “Veep” protagonizada pela ótima Julia Scarlett E Louis-Dreyfus.
Mas a produção muda o direcionamento da trama e investe em uma trama mais convencional e talvez pensando no currículo de Noah Centineo, a Netflix resolveu também focar nas relações amorosas do protagonista. Com esta nova série, a Netflix desistiu de investir em algo mais interessante para apostar no mais do mesmo. No final das contas, “O Recruta” é só mais uma série mediana da plataforma que consegue fazer o espectador ficar interessado na história para saber seu desfecho.