Em 2020 a Netflix bombou com a estreia de filme “Resgate” (Extraction), inspirado nos quadrinhos criados por Ande Parks, Joe e Anthony Russo, Fernando León González e Eric Skillman. Dirigida por um dos nomes mais quentes do gênero ação, o ex-dublê Sam Hargrave, a produção foi protagonizada pelo astro Chris Hemsworth, o Thor da Marvel, além da participação dos irmãos Russo no roteiro e produção.

Milagre

A produção foi um sucesso mundial e além das ótimas coreografias de lutas e ação quase ininterrupta, “Resgate” trouxe um final enigmático que não deixou claro se o mercenário Tyler Rake havia sobrevivido ou não.

Agora a Netflix estreou a sequência “Resgate 2”; a trama inicia mostrando o momento em que Tyler é baleado e como ele é salvo por sua equipe que o leva ao hospital.

Após vários meses em coma, o protagonista acorda e é presenteado por sua equipe de mercenários com um plano de aposentadoria precoce, porém ele não tem tempo de relaxar, pois pouco tempo depois de deixar o hospital, ele é recrutado para uma nova missão que não tem como recusar, resgatar de uma prisão da Geórgia Ketevan (Tinatin Dalakishvili) e os dois filhos dela, a mulher é irmã de Mia (Olga Kurylenko), ex-esposa de Tyler. Ketevan é casada com um terrorista que mesmo preso ainda tem poder para fazer com que sua esposa e filhos fossem colocados em uma prisão junto com ele.

Durante o difícil resgate, o marido de Ketevan é morto e seu irmão do terrorista, Zurab (Tornike Gogrichiani) busca vingança contra o protagonista.

Além de Hemsworth, estão de volta Golshifteh Farahani e Rudhraksh Jaiswal, Nik e Ovi, respectivamente, os integrantes da equipe de Tyler. O longa-metragem tem um roteiro dos mais genéricos, visto que se trata apenas de uma variação do que foi visto no primeiro filme.

Para a grande maioria dos fãs deste tipo de produção, o que interessa é ver Chris Hemsworth fazer coisas do tipo: derrubar um helicóptero com uma metralhadora .50, neste quesito, o filme não deixa nada a desejar em comparação com a primeira parte.

As necessárias alterações feitas para diferenciar o filme atual de seu antecessor foi dar mais espaço para os coadjuvantes, e também explorar de maneira mais profunda os dramas do personagem principal.

Porém, o novo filme de ação da Netflix parece sempre querer voltar às atenções para seu protagonista, mesmo que para isso caia nos clichês mais batidos de filmes de ação.

Este foi o maior problema de “Resgate 2”, a obsessão com a exploração da figura de Hemsworth, o que fez que no aguardado duelo final entre o protagonista e o vilão, o filme deixou de lado qualquer senso de realidade e para completar, após toda a situação ser resolvida, o filme mostra o convite que Tyler e sua equipe receberam de uma figura enigmática para um contrato de exclusividade, mais clichê impossível, a cena parece ter sido colocada somente para dizer aos fãs da franquia que em breve haverá um “Resgate 3”.