Mais um termo aportuguesado de um inglês enviesado chega até o mercado de Trabalho. O prosumer, por aqui tratado como prossumidor, é mais um neologismo que poderá ser apropriado na próxima edição, por aquele que já ajudou muitas pessoas a aprenderem o significado de novos termos (conhecido mais simplesmente como Aurélio). Ele chegou para participação eventual da festa de novidades de 2015, mas parece que gostou e há tendência que ele fique por aqui mais um pouco, pelo menos até que algum novo termo o coloque para escanteio.
Em busca do significado do tema
Alguns estudiosos consideram estarmos perto de vivenciar uma das maiores revoluções da história do marketing. Diminuindo um pouco o entusiasmo daqueles que buscam a megalomania dos termos exagerados, parece que por detrás do pano há alguma coisa de interessante e que sugere um estudo um pouco mais detalhado do tema. Para resumir se você é um consumidor (o que todos somos) e ao mesmo tempo um produtor (privilégio de poucos), está enquadrado nesta nova categoria de pessoas que são, ao mesmo tempo, consumidores e produtores. O termo parece ser uma bandeira dos defensores de novas gerações do relacionamento da organização com o cliente, tratado por alguns como o marketing 3.0, estudo onde Phillip Kotler aproveita para viajar um pouco por sua imaginação.
Falta saber: consumidor e produtor do que? De qualquer coisa, resposta imediata e acertada.
Como isto começou?
Entre os observadores do contexto social e que estão diuturnamente presentes na grande rede, alguns acabam arranjando algum tempo para observar mudanças que acontecem nas entrelinhas virtuais. As pessoas assim denominadas passam a atuar, ao mesmo tempo, nas duas extremidades dos processos de comercialização. Imagine se de repente, ao invés de apenas assistir um filme, fosse possível imaginar diferentes finais e influenciar na obra, este é um dos exemplos possíveis. Ao poder manipular diversas ferramentas de comunicação, antes prerrogativas de programadores ou usuários mais entusiastas que acabam por aprender alguns rudimentos de profissões antes reservadas, os consumidores finais ganharam um potente auxiliar em suas argumentações.
O que antes era obra para iniciados, agora está ao alcance do comum dos mortais.
Aonde isto deve parar?
Em cada área do conhecimento humano a intervenção do usuário como consumidor e ao mesmo tempo produtor pode provocar diferentes consequências. A criação da cibercultura, comum a todas as pessoas que estão interligadas em rede favorece esta condição e ela pode ser aproveitada tanto pelo colaborador seja como profissional ou em sua vida pessoal. Foi colocado na mão das pessoas a possibilidade de ter voz ativa e a possibilidade de transformação de sua atuação no ambiente em rede.
Tornar-se conectado, viver, consumir e produzir em rede é o trinômio que tem sido adotado por muitas pessoas que, desde o momento em que despertam até o momento em que vão dormir, estão interconectados.
Mas não são apenas estas pessoas, de vida digital mais intensa, que são beneficiadas.
A evolução dos meios de comunicação aumenta e facilita assumir este novo papel reflexivo e que permite que qualquer pessoa, com os conhecimentos mínimos necessários para acesso à rede e recepção e envio de informações, se torne um prossumidor.