O Facebook recebeu a notícia de que mais de 267 milhões de registros pessoais de usuários haviam sido colhidos e compartilhados por hackers. Diante dessa informação, a rede social mais utilizada no mundo abriu uma investigação e informou que está analisando a questão, além de afirmar que caso seja verdade é provável que tenha ocorrido antes das mudanças feitas nos últimos anos.
O Facebook ressaltou que está elaborando um novo programa de privacidade no qual incluirá um comitê de privacidade independente do conselho administrativo. Essa independência foi uma exigência da Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC) junto ao acordo judicial de US$ 5 bilhões.
Segundo analistas, os dados capturados e utilizados pelos hackers podem ter sido, em especial, os telefones para onde enviaram spans com mensagens de SMS voltadas para campanhas com a intenção da prática de phishing (indução do fornecimento de senhas, número de cartão de crédito, CPF e dados bancários) e até ransomwares (software nocivo que bloqueia o sistema infectado e exige pagamento em criptomoedas para desbloquear).
A rede social continua seus esforços
Nesta sexta-feira (20), apesar dos esforços do Facebook de proteger as informações pessoais dos usuários, os grupos de criminosos continuam a fazer circular um grande volume de informações delicadas dos usuários da rede social prejudicando a vida pessoal de cada um.
Uma série de aparentes erros no que tange a proteção de dados pela empresa têm sido constantemente anunciados e denunciados, a exemplo do que aconteceu no mês de março quando foi divulgada a informação de que o Facebook teria armazenado, indevidamente, milhões de senhas de usuários em um formato possível a leitura.
De acordo com a Comparitech e o pesquisador de segurança digital Bob Diachenko, no início de 2018 o Facebook fez alterações protetivas e que a base de dados só pode ter sido invadida antes de 2018 ou a rede social também pode “ter uma brecha de segurança que permitiria aos criminosos acessar identidades e números de telefone dos usuários mesmo depois que o acesso foi restringido”
Os dados foram divulgados no grupo de hackers no dia 4 de dezembro e permaneceram por duas semanas para download, sendo retirados essa semana do ar.