Um menino de quatro anos se assemelha a um pensionista de 80 anos, devido a uma condição incrivelmente rara. Bayezid Hossain, de Magura, no sul de Bangladesh, sofre com uma face inchada, olhos ocos, pele flácida, dores nas articulações, dificuldades em urinar e já tem dentes fracos e quebradiços.

Além da doença rara que tem, ele sofre um grande preconceito na comunidade onde vive. As pessoas têm medo de ficar perto dele e as crianças temem brincar com ele. Acredita-se que Bayezid sofra de "progeria", que envelhece o corpo oito vezes, em comparação com a taxa normal.

A desordem no crescimento, em função da doença, foi a inspiração para o filme de F. Scott Fitzgerald, denominado "O Curioso Caso de benjamin Button", de 2008.

Quando Bayezid nasceu em uma maternidade, em 2012, seus pais foram avisados pelos médicos que não tinham ideia de como tratá-lo. Sua mãe, Tripti, disse: "Eu estava apavorada ao vê-lo, quando ele nasceu. Ele era apenas carne e ossos. Ele parecia um alienígena e foi doloroso para mim".

Ela ainda completou dizendo: "Os médicos não tinham ideia do que fazer; eles disseram que nunca tinham visto um bebê assim. Advertiram-nos que não havia nada que pudessem fazer".

Depois que eles voltaram para casa, a notícia de que se tratava de uma criança anormal rapidamente se espalhou pela vila e vizinhos juntaram-se ao redor da casa da família para vê-lo.

À medida em que Bayezid crescia, sua personalidade e seu corpo se desenvolviam muito mais rápido do os que outras crianças em sua aldeia. Ele é mais inteligente que a média das outras crianças da sua idade. Mesmo assim, ele não frequenta nenhuma escola, devido ao preconceito das outras crianças.

Bayezid não vai para a escola, mas adora brincar com a bola, desenhar no papel e até quebrar seus brinquedos para que possa consertá-los novamente.

Sua mãe já esteve com ele em vários hospitais, santuários e tentou fazer tudo o que foi sugerido para tratá-lo. Mesmo assim, a situação do garoto continua a mesma, e ele está ficando cada dia pior: "Meu filho não é um bebê normal e é trágico para qualquer pai saber que seu filho não vai sobreviver por muito tempo".

Os pais do garoto entendem que pode não existir uma cura para o filho e, por serem pobres, qualquer possibilidade de tratamento torna-se ainda mais difícil.

"Já faz quatro anos e nada mudou. É tão doloroso ver que nosso primeiro filho sofre uma doença que não podemos nem mesmo tratar. Nós pensamos em ter mais filhos, mas estamos assustados e nos sentimos impotentes, sem poder fazer nada para ajudar", afirmam os pais.

O pai, muito triste, completa: "Como qualquer outro pai, queremos que nosso bebê viva uma vida longa e saudável, mas sentimos que apenas um milagre nos salvará agora."