Não era novidade para ninguém que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva seria o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) nas Eleições presidenciais de 2018. Nesta terça-feira (17), o presidente nacional do PT anunciou que Lula será lançado como candidato em abril, durante congresso nacional do partido.

Desde o ano passado já se sabia que a nomeação de Lula como candidato do PT nas eleições de 2018 aconteceria no primeiro semestre deste ano. Com data definida, a militância do partido deve fazer uma grande festa para alavancar a candidatura do homem que governou o país entre 2003 e 2010.

Plano B

Lula é réu em cinco processos, quatro deles da Operação Lava-Jato. Caso seja condenado em algum, virará ficha suja e não poderá concorrer nas eleições do ano que vem.

Segundo Rui Falcão, o PT não tem um plano B para o lugar de Lula. Caso o ex-presidente, em algum momento, seja condenado e fique impedido de disputar as eleições, o partido não saberia o que fazer já que não há, na legenda, outro nome tão forte como o de Lula.

Neste sentido, o PT vive em um mundo totalmente diferente do mundo do PSDB. O Partido dos Trabalhadores só tem Lula. O PSDB tem José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves – os três disputaram eleições presidenciais e perderam para o PT em quatro oportunidades.

Perseguido

O Partido dos Trabalhadores aposta em Lula e, caso o político vire réu em mais algum processo ou seja condenado e fique inelegível, vai argumentar que o candidato é perseguido por ter trabalhado pelos pobres enquanto governou o país por oito anos, o que não é suportado pela elite brasileira.

Que Lula assusta os adversários, não há dúvida.

Em meio a um turbilhão de críticas, o ex-presidente aparece à frente nas últimas pesquisas de intenção de votos divulgada pelo Datafolha, em dezembro.

Por outro lado, o que acalma a oposição é saber que Lula é também o mais rejeitado entre os prováveis candidatos às eleições de 2018. Além de um concorrente tucano, ainda não definido, os oponentes do petista devem ser Jair Bolsonaro (PSC), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT).