Hoje, mais que cumprir com uma solenidade do calendário, é premente compreender que o Natal é para ser celebrando todos os dias do ano. Contudo, somente em meados de novembro é que se começa a pensar, especificamente, na comemoração da festa de Natal. Então, parece-nos que esse momento está pontuado por um sentimento estanque, sem uma verdadeira conotação de continuidade, em vista de sua real essência.

Em razão disso, os holofotes desse tempo ganham um novo foco. O comércio articula um planejamento ostensivo para a venda de produtos natalinos, desde as grandes redes de magazines até as pequenas lojas dos bairros mais afastados do centro, que fazem estoques variados para atender à população, seja do mais simples ao mais refinado dos gostos.

Por conseguinte, todos os espaços comerciais assumem um novo colorido em suas vitrines, com múltiplas ofertas para atrair cada vez mais os consumidores. Também nas ruas há uma presença constante dos vendedores informais, acirrando a concorrência e comercializando suas mercadorias com preços mais baratos. Um verdadeiro burburinho agitando as cidades. Gente caminhando em todas as direções: o caos se faz presente no trânsito, uma loucura nos transportes que aceleram os passos em direção às compras.

Em seguimento, à medida que o Natal se aproxima, nos lares e no seio das famílias fervilham os encantamentos que são interiorizados por paixões e amores, que se traduzem por ações que vão desde a decoração natalina dos ambientes das casas, como os lindos presentes nas árvores de Natal à majestosa ceia, que será regada por saborosas iguarias, ao gosto de todos.

Colaborando para tudo isso, as cidades se enfeitam pomposas para receberem o Natal com muitas luzes, arranjos e presépios que se espalham por todos os lugares. Tudo vira uma festa. Tudo tem um ar brilhante e mágico, que clama por uma alegria interior à espera das canções e dos sinos das igrejas a badalar, sons mágicos e convidativos.

Por outro lado, o verdadeiro Espírito do Natal, na vida da maioria das pessoas, eternizou-se como um fato isolado. Porém, mais que isso, o Natal significa nascimento e é, portanto, uma alusão à natividade de Jesus Cristo.

Todavia, a maior força vem do amor que Deus expressou pela humanidade, quando enviou seu único filho, nascido de uma família humilde e adorado numa manjedoura, para conhecer a vida como homem, a fim de que pudéssemos encontrar a paz, a compaixão em nossos corações e amor por nossos semelhantes.

Assim como uma das festas mais comemoradas em todo o mundo, é uma data que deve ser celebrada com muito entusiasmo no mês de dezembro, com todas as honras e o respeito que bem merece. Entretanto, o Espirito do Natal vai além de uma simples data, pois sobre essa perpassam ensinamentos que foram deixados como legados para a cristandade, devendo fazer parte do cotidiano de todos nós.

Em suma, é tempo de esperar por essa noite que se aproxima. Aquela que deve se multiplicar todos os instantes em nossas vidas, por muitas vezes e várias vezes no ano, para que nunca seja esquecida e a humanidade possa refletir sobre o verdadeiro sentido de um Feliz Natal.

Devemos nos lembrar que temos que ser solidários todos os dias, e não apenas em 25 de dezembro. E você, já pensou em espalhar solidariedade no ano que virá?