Foram divulgados por autoridades da Suíça, na última quinta-feira (05), históricos de contas bancárias que comprovam que o ex-deputado Eduardo Cunha obteve dinheiro quando a Petrobras adquiriu a estação de petróleo em Benin. Este é um dos motivos pelos quais ele está preso.
Em um esquema, as autoridades apresentam vestígios de possível envolvimento do ex-deputado. A justiça do Tribunal Penal Federal da Suíça explicou porque negou o acesso às contas relacionadas com a operação.
Segundo a Policia Federal, o esquema começou em 2011 na compra desta estação de petróleo.
Esta compra gerou prejuízos e no campo não existia petróleo. Seria então somente para lavagem de dinheiro público.
Foi gasto na exploração de petróleo cerca US$ 34,5 milhões em um campo chamado de Bloco 04. Depois de todo esquema do negocio, 311 mil moedas suíças haviam sido passadas para conta de Eduardo Cunha. A justiça não revela nomes, mas o proprietário da conta faz parte da constituição de deputados do Brasil.
Os investigadores do Brasil acreditam ter sido cinco repasses feitos para as contas na Suíça do ex-deputado, o que dá um total de R$ 4,1 milhões.
O ex-deputado vai a julgamento no mês de fevereiro e responderá a dois processos, que serão julgados pelo juiz Sergio Moro. Os advogados de Eduardo Cunha não disseram uma só palavra sequer sobre o assunto.
Entenda os motivos da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha
O ex-deputado está em prisão preventiva desde o dia 18 de outubro de 2016 e está sendo mantido sob ordem judicial em Curitiba.
O juiz Sérgio Moro abriu um inquérito de investigação nas suspeitas de envolvimento do ex-presidente da Câmara, assim que perdeu seu cargo.
Eduardo Cunha também mandou pessoas para ameaçar testemunhas de defesa da CPI durante as investigações, segundo investigadores.
De acordo com dados da investigação, Cunha tem como local de nascimento a Itália, sendo portanto italiano, e tem passaporte da Europa.
O juiz admitiu não saber do tamanho dos recursos de Cunha em relação às contas do exterior e que será difícil recuperar todo o dinheiro público que foi roubado.