Os alunos do 3º ano do ensino médio da IENH - Instituição Evangélica de Novo Hamburgo - organizaram um evento bastante controverso no último dia 17. Com o tema ''Se nada der certo'', a festa propunha que os estudantes fossem fantasiados com trajes que representassem profissões ''alternativas'', que seriam a salvação dos estudantes caso, de fato, não passassem no vestibular e, como consequência disso, ''nada em suas vidas desse certo''.
Os alunos compareceram ao colégio vestidos como garis, atendentes de fast-food, caixas de supermercado, mecânicos, faxineiras, empregadas domésticas, vendedores ambulantes e vendedoras de cosméticos.
Bastou que as fotos viessem à tona para que a instituição de ensino e os alunos participantes do evento começassem a ser severamente criticados nas redes sociais. A escola é acusada de promover a discriminação e o deboche de profissões dignas e honestas, uma vez que, segundo sugere o nome do evento, as mesmas estariam reservadas apenas como o último e inevitável recurso caso os alunos não ingressassem na faculdade.
Não é a primeira vez que uma escola particular se envolve em uma polêmica deste tipo; em 2015, o Colégio Marista de Porto Alegre realizou um evento semelhante, e também foi duramente criticado. Um fato que também chamou a atenção dos internautas foi a ausência de alunos negros em ambas as turmas envolvidas.
Internautas comentaram que consideram a atitude, tando do IENH, quanto dos alunos, uma falta de respeito e de empatia com o próximo, além de descaso com a maior parte da população brasileira.
Alguns alunos chegaram até a ir vestidos como bandidos e moradores de rua ao evento.
Veja abaixo alguns dos comentários feitos pelos internautas na rede social twitter:
Em nota, a instituição declarou que em nenhum momento teve a intenção de agir de forma discriminatória com estas profissões, mesmo porque muitas delas fazem parte do funcionamento da instituição.
O IENH afirma ainda que a festa era parte de um evento tradicional da escola, denominado Dia D, que tem por objetivo promover a descontração, tentando mantê-los tranquilos com relação à expectativa de passar ou não no vestibular.
Segundo o IENH, estas atividades servem para conscientizar os alunos sobre a importância de planejar alternativas, caso não obtenham aprovação no vestibular, e lidar melhor com a pressão deste importante momento da vida acadêmica.
A IENH terminou a nota pedindo desculpas pelo mal entendido. Confira na íntegra: