Um caso chamou a atenção das autoridades. Uma policial acabou notando algo estranho quando estava a caminho do trabalho. Ela estava passando pela rua onde fica localizada a rodoviária da cidade de Santa Maria da Vitória, na Bahia, e se deparou com uma criança de apenas 12 anos de idade.

O menino chorava muito e, ao se aproximar da criança, a agente descobriu o que de fato estava acontecendo.

Segundo informações da Polícia, o menino havia sido vendido pela própria mãe e seria entregue a um intermediário que o entregaria para uma família no Japão.

Rapidamente, a criança foi retirada do local e levada ao Conselho Tutelar de Santa Maria, onde está recebendo os cuidados necessários.

Menino conta detalhes sobre o crime

Ainda no local, o menino contou que era de Botuporã, cidade que fica localizada no sudoeste da Bahia. Após todos os detalhes da venda serem concretizados, ele viajou com sua mãe e seria entregue ao intermediador. Em depoimento da mãe à polícia, ela afirma ter recebido num primeiro momento cerca de R$ 5 mil e que iria receber mais R$ 65 mil quando o garoto chegasse ao destino.

Quando chegaram à rodoviária, a mãe ordenou que a criança não deixasse o local, pois, segundo ela, um homem iria buscá-lo para o levar para o Japão. Essa pessoa era na realidade o intermediário.

O fato não se concretizou. O suspeito percebeu a presença da agente e, felizmente, a venda da criança não deu certo. Já com o nome da mãe do menino e também número de telefone, a polícia tentou ligar várias vezes, no entanto, não obteve sucesso.

Horas mais tarde, segundo informações do delegado Leyvison Rodrigues, Maria Roque da Rocha retornou a ligação e ainda tentou inventar uma história de que havia sido sequestrada.

A polícia conseguiu identificar que a suspeita se encontrava na cidade de Bom Jesus da Lapa. Com competência e rapidez, os agentes agiram rápido e conseguiram prender a mulher. Após uma investigação mais aprofundada no aparelho de celular e mensagens nas redes sociais de Maria, a polícia conseguiu descobrir a verdade e identificou todas as conversas entre ela e os compradores da criança.

A mãe da criança irá responder por tráfico humano, tendo como agravante que a vítima é o seu próprio filho.