O apresentador e deputado federal Wagner Montes (PRB-RJ) morreu na manhã deste sábado (26), aos 64 anos de idade. Há dois dias ele estava internado por conta de uma infecção urinária, mas a causa da morte não foi divulgada. Seu corpo será velado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, mas a data e o horário ainda dependeM da confirmação da família.

Montes havia conseguido uma vaga na Câmara Federal nas últimas eleições, após receber 65.685 votos. Casado com a também apresentadora Sônia Lima, ele também era advogado.

Desde 2017 ele já vinha com a saúde fragilizada.

Na época, chegou a ficar 37 dias internado na UTI por conta de uma arritmia cardíaca. Em novembro do ano passado ele havia sofrido um infarto.

Carreira na televisão

Depois de trabalhar como garçom, açougueiro e vendedor de camisas, Wagner Montes iniciou sua carreira artística em 1974, na Rádio Tupi. Cinco anos mais tarde, migrou para a TV de mesmo nome, onde apresentou o programa “Aqui e Agora”. Depois foi para a então TVS, hoje SBT, onde ficou à frente do programa “O Povo na TV”.

Na emissora de Silvio Santos, onde ficou por 17 anos, também era jurado do programa “Show de Calouros”, que na bancada contava com Sônia Lima, com quem viria a se casar. Na Record TV apresentou a versão fluminense do programa Balanço Geral.

Em 1981, ele sofreu um acidente enquanto andava de triciclo e teve que amputar a perna direita. Desde então usava uma prótese.

A Record TV emitiu uma nota de pesar, lamentando a morte de seu apresentador, se referindo a ele como “um campeão de audiência e um dos apresentadores de maior sucesso na Televisão brasileira” e afirmando que ele “ajudou a escrever a história da televisão brasileira”.

Carreira na política

Em 2006, Wagner Montes se candidatou a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, sendo eleito com quase 112 mil votos. Em 2010, voltou a se eleger, desta vez com 528.628 votos, sendo esta a maior votação de um deputado estadual do Rio de Janeiro.

Após se eleger para um terceiro mandato em 2014, com mais de 208 mil votos –o segundo mais votado daquela eleição–, no ano passado se candidatou a deputado federal, com quase 66 mil votos.

Ele tomaria posse no próximo dia 1º de fevereiro.

O presidente em exercício da Alerj, André Ceciliano (PT), lamentou a morte do colega, lembrando sua capacidade de driblas as dificuldades. “Hoje perdemos uma grande figura, mas o céu ficará mais divertido”, disse.