Adão de Carvalho Júnior estava sendo apontado pela Polícia como o principal suspeito de ter tirado a vida da companheira Bruna Aparecida Rodrigues Pediani. Após o cumprimento de um mandado de prisão preventiva, o suspeito foi preso em flagrante e confessou a autoria do crime.

O suspeito de assassinato estava em uma residência localizada no bairro Guilhermina, em Praia Grande (SP), e foi preso por equipes da PM. No dia 1 de fevereiro, o corpo de Bruna foi encontrado. Bruna havia desaparecido no dia 28 de janeiro, acredita-se que o crime tenha sido cometido nessa mesma data.

Júnior ficou foragido por 21 dias. Quando a PM descobriu sua localização, imediatamente cumpriu o mandado de prisão. A Polícia Militar descobriu que o suspeito estava morando em uma residência localizada em Itanhaém, no litoral de SP. Adão precisou ir a Praia Grande, pois estava esperando por uma carona para que pudesse retornar à Mogi Mirim, cidade em que o crime aconteceu.

Adão presta depoimento, confessa o crime e revela suposta traição que o teria motivado a tirar a vida de Bruna

Em seu depoimento Adão afirmou que ele e Bruna eram usuários de drogas e no dia do crime os dois estavam fazendo uso de crack. Porém, em determinado momento a droga acabou e por isso eles pediram um conhecido para levar mais drogas para eles.

O conhecido levou e quando o craque acabou novamente Júnior foi buscar mais.

Júnior afirma que quando retornou se deparou com Bruna e o outro homem cometendo traição. Naquele momento o homem teria fugido e ficou apenas ele e Bruna. Adão revela que após ter flagrado a traição ele deu um mata leão em sua companheira e depois a golpeou com uma faca.

Júnior fugiu e deixou a faca enfiada no corpo de Bruna.

Logo após ter confessado o crime, o homem ficou detido na mesma unidade e um boletim de ocorrência de captura do procurado foi registrado e só depois disso ele foi transferido para a CDP, onde ficará detido e à disposição das autoridades.

Feminicídio

A interpretação de feminicídio é muito ampla e vai além de violência doméstica.

Mulheres que são mortas por desconhecidos como é o caso da motorista do Uber que foi assassinada por um suposto passageiro enquanto dirigia na rodovia Washington Luiz, em Duque de Caxias (RJ), também é caracterizado como feminicídio.

A tipificação do feminicídio é o assassinato de uma mulher apenas pela condição de mulher. Além disso a lei prevê que o menosprezo e discriminação à condição de mulher também é feminicídio.